•Refúgio da laranjeira, um lar pensado para ser um dos #PROJETOSQUECONTAMHHISTORIAS
A proposta surge com a ideia de evidenciar o laço entre pai e filha, mas em contrapartida mostrar que apesar do afeto com a história vivida é importante acolher o novo, para formação de novas memórias.
O projeto localiza-se na cidade de Garanhuns, Pernambuco. Porém, antes de falar sobre o projeto é indispensável saber a história por trás dele.
Mariana (nossa cliente), tinha um vínculo grandioso com o pai. Ele gostava de plantas, aptidão que ela herdou, ele amava passar suas tardes plantando e cuidando do terreno que comprou. Inclusive, de suas quatro árvores plantadas, duas foram onde hoje é uma praça, em frente ao lote. Dentro do terreno, atualmente só existe uma laranjeira, plantada pelo próprio. Onde antes existia uma goiabeira, hoje não tem mais nada por motivos de segurança, por causa de um muro. Após o falecimento do seu pai, ela não conseguiu vender o terreno, pois ela vinculou a presença dele ao local e se sentia conectada a ele, de certa forma.
Hoje, após 6 anos do falecimento do seu pai, e um processo árduo de 'cura' para tamanha dor da perda, ela está disposta a transformar o espaço para morar junto ao seu noivo, Mateus.
A história da união de Mateus e Mariana carrega uma relação de parceria e muito afeto. Ao nos contar sobre o início do namoro, Mateus falou que se apaixonou por Mariana no momento que ela levou café em uma garrafa térmica para tomar comendo bolachas, junto a ele no parque. O vínculo deles só foi aumentando, desde então, e hoje eles planejam a própria moradia, para ter o cantinho da forma que tanto sonham.
Dadas as vivências e afetos do lugar, o partido do projeto se conceitua em:
• Criar uma planta baixa para residência, de modo que transmita a ideia de abraço, para árvore de laranjeira, que foi plantada no fundo do quintal. Projetando o afeto do elo que o pai tinha com a natureza local. Trazendo dessa forma um grande rasgo no meio da casa, transparecendo um sinuoso jardim, que pode-se dizer que é o coração do lugar. Criando assim, um ambiente onde a iluminação e ventilação natural, estejam sempre presentes. E nesse chamado "coração", decidimos locar um pé de café, para que esteja sempre a vista o momento que Mateus e Mariana se apaixonaram.
Entretanto, foi proposta uma área de convivência externa para que o casal possa receber a família e os amigos.
• Para remeter a infância, decidimos colocar balanços, indicando as vivências de Mariana com o pai e gerando experimentação e conexão com o meio.
• O local que antes estava plantado o pé de goiaba, se transformou em um lugar que chamamos de memorial, criado para gerar sensação de paz e meditação, pois assim como as plantas temos fases e obedecemos a ciclos: nascer, crescer, florir/ frutificar e morrer. Com um grande e sinuoso banco, que carrega um jardim no seu interior, e um pequeno lago para criação de peixes, o negócio que o casal pretende montar juntos. Evidencia-se formas curvas que geram sensações de acolhimento e sinuosidade, despertando assim, a curiosidade e interesse dos usuários com o meio.
•Plantas foram espalhadas por toda Área externa, já que é uma prática bem-vinda pelo casal e um laço afetivo de Mariana com o pai. Fazendo com que o espaço forneça a criação de novas memórias a partir da história. Produzindo identidade e conexão.
Contudo, o Refúgio da Laranjeira, é um projeto pensado a partir de elos, memórias, afetos e muita história. Deixando evidente o quanto a arquitetura do lugar carrega história e cria laços. Mas que também pode ser responsável pela criação de novas vivências e que projeta os caminhos que se abrem para o futuro.
#PROJETOSQUECONTAMHISTÓRIAS
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