O projeto da Casa Brisa teve como conceito a integração de seu interior com a natureza exterior, sem comprometer a privacidade da família, unindo a sustentabilidade à riqueza plástica da arquitetura brasileira ao longo do tempo. A edificação sustenta uma estética externa que é contemporânea, mas que conversa bem com o toque vintage do projeto de interiores.
Seus espaços mais privativos foram voltados para a frente do terreno, com o objetivo de aproveitar a melhor insolação e ventilação natural, e foram pensados a partir da fachada revestida com o cobogó On Fire na cor Terracota. Exploramos a geometria natural da peça, paginada horizontalmente para destacar a linearidade da casa, e sua sutileza dos cheios e vazios para garantir o melhor conforto térmico para os ambientes, promovendo, assim, a filtragem da luz solar direta e permitindo boa circulação de ar.
Logo no hall de entrada, o porcelanato Oh!Take Forest (90x90) foi a escolha para o piso que articula a passagem entre áreas externas e internas, criando uma conexão coesa por meio de sua tonalidade que mescla o cinza do concreto com um toque esverdeado. E por se tratar de um formato grande para a área a ser revestida, reaproveitamos os resíduos dos cortes nos espelhos da escada principal, combinados com resíduos menores dos demais revestimentos de tons claros. O mosaico de fragmentos, proposto nos espelhos da escada, tem como referência os pisos tradicionais no Brasil durante o século XX e, juntamente com o corrimão curvo monolítico e a parede revestida em tijolinhos cerâmicos da linha Organic Clay (padrão Steam), cria uma ambiência estética coerente, diversa em texturas e formatos, que une a contemporaneidade à história da arquitetura brasileira.
O escritório da família é conectado com o hall de entrada e se entrelaçam espacialmente por meio de uma jardineira. Esses ambientes têm nas plantas tropicais seu filtro natural para melhorar a qualidade do ar, além de representarem a essência de sua beleza, onde a biofilia conversa com a natureza do entorno da casa e se articula aos móveis garimpados, uma constante em todo o projeto. Assim, além de criarmos diversas camadas de memória nos espaços, a Casa Brisa como um todo explora a verdadeira sustentabilidade pretendida, dando novos usos para sobras de revestimentos e mobiliário de segunda mão!
#NaRevestircomArchtrends
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