O projeto para o Moê Café teve como suporte o trabalho inicial de branding, com pesquisa de usuários e do mercado de cafeterias da cidade e de outras localidades, o que trouxe informações muito importantes para o início do projeto de arquitetura de interiores, inclusive para a definição da localização do empreendimento. O próprio nome da marca foi elaborado em conjunto pelos clientes, arquitetura e comunicação.
Moê é derivado do verbo moer, é o som que produzimos ao falar tal verbo. O nome da cafeteria poderia ser moer, da maneira formal, de acordo com a escrita culta da língua. Entretanto, nesse espaço, preferimos desconstruir. Não no sentido pejorativo da palavra, mas aqui a desconstrução foi pensada de maneira ousada, irreverente, valorizando a leveza existente na simplicidade, no conforto.
Para organizar os espaços e abrigar todas as atividades previstas, o programa de necessidades foi distribuído em três pavimentos: térreo, subsolo e sobreloja. O térreo é o ambiente de acolhimento, de boas-vindas, e se abre para a calçada da rua de comércio e para o jardim dos fundos que se avizinha dos blocos residenciais, conectados através de um grande eixo de circulação. A sobreloja foi preparada para receber os eventos previstos que darão a identidade cultural do café. Já o subsolo ficou destinado às áreas de apoio e serviços.
O Moê café se propõe a integrar, reunir, acolher. Por isso foi pensado para deixar fluir, permitir o livre acesso, para que todos possam circular à vontade. Seguindo o conceito do projeto, a ideia do desconstruir no sentido daquilo que já nos é habitual, adaptado ao corpo como um jeans usado, o café quer que seus clientes se sintam livres e aconchegados. Por isso, materiais simples foram empregados, revelando sua expressão plástica, como na textura das paredes chapiscadas e pintadas de branco, ou nas vigas de concreto aparentes que foram deixadas reveladas, contando a história do lugar.
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