CASA DG

O projeto está situado em uma área de 360,00m² em um condomínio residencial em Anápolis, Goiás. Em seus 220,00m², foram incorporadas duas suítes plenas, com spa, sala, cozinha, jantar e ofurô integrados, com a dinâmica de serem independentes e fechados com portas de marcenaria ou esquadria. Na fachada principal da casa, há uma garagem para dois carros. O projeto foi concebido para um casal fascinado por arte e design, refletido em obras de arte, joias, mobiliários e a própria arquitetura projetada pelo Studio FP02, encabeçado pelos arquitetos Pedro Nogueira e Fernando Pinto. A arquitetura se destaca pela limpeza da forma, na fachada principal, composta por um grande plano em balanço sobre a caixa revestida de pedra natural ao lado de um vão livre que serve como entrada, mimetiza-se no ripado de alumínio marrom: porta de acesso principal e também a porta de serviços. Tudo isso repousa sobre um grande tapete de pedra portuguesa, integrando o passeio comum do condomínio ao acesso dos carros para a garagem. O teto é limpo, sem intervenções visíveis, com iluminação proveniente de pontos de luz embutidos no solo e de uma claraboia que ilumina o jardim adjacente ao espaço de estacionamento. A pintura granulada nas paredes se estende até o teto, harmonizando-se com as fachadas externas. Na frente da rua, destaca-se o banco orgânico desenhado pelo arquiteto Pedro Nogueira, inspirado na cultura regional interiorana e no movimento modernista, todo revestido em pastilhas amarelas. O banco parece flutuar sobre o paisagismo ao lado dos patamares revestidos de travertino natural. A escolha da vegetação baseia-se na flora nativa e permanente, adaptada para o clima árido frequente na região goiana. Ao adentrar a casa, atravessamos um curto túnel executado em madeira freijó ebanizada, destacando as obras de arte instaladas em sua lateral. A primeira sala recebe os visitantes com a icônica chaise Rio de Oscar Niemeyer. Um amplo sofá complementa a sala, de frente para o painel em muxarabi de freijó natural, integrando-se à varanda e à circulação da área íntima da casa. Na cozinha os tons nude e preto na composição principal. A azulejaria portuguesa branca e as bancadas em granito São Gabriel escovado compõem a área adjacente. A ilha é destacada pelo quartzito Vitória Régia agregada a ilha em forma de bloco também executada no granito, proporcionando um espaço ideal para cozinhar e socializar. Na varanda, uma mesa de jantar para 8 lugares ao lado do estar, composto por poltronas de renome internacional. O jardim do recuo obrigatório invade a varanda em dias de sol, enquanto o ofurô, executado em mármore travertino, delimita um espaço elegante sob um teto de vidro. A adega, em um nível abaixo, possui piso e jardineiras revestidos com deck de cumaru, iluminado por luminárias decorativas de Jader Almeida. O lavabo adota uma abordagem minimalista com uma obra de arte como ponto central. O uso de bege Bahia utilizado no formato casqueiro na bancada com cuba esculpida e piso de pedra portuguesa integra-se à paleta de cores proposta pelos arquitetos. O acesso aos quartos é mimetizado, destacando as obras de arte presentes. A iluminação pelo vidro baixo foi projetada para não prejudicar as obras, enquanto as portas no estilo “piso ao teto” seguem a estética global da casa. Na suíte de hóspedes, móveis de peso, como a poltrona Killin de Sergio Rodrigues, coexistem com obras de arte e iluminação decorativa. Já na suíte master, a cama assinada por Guilherme Wentz é o foco, acompanhada por um grande painel de Burle Marx, ambos com formas orgânicas. O quarto é iluminado por dois pendentes em linho natural, proporcionando uma atmosfera acolhedora. A proposta do banho da suíte master integra closet e banheiro, mantendo uma paleta de cores neutras. O recuo lateral desta suíte se tornou um espaço para spa, com uma banheira de imersão sob um pergolado. O projeto exala personalidade forte e identidade definida. A riqueza dos materiais utilizados é evidente em cada detalhe da casa, complementada pelo acervo cuidadosamente selecionado pelos arquitetos Fernando Pinto e Pedro Nogueira, em colaboração com os proprietários, que se tornaram verdadeiros colecionadores.