Caquinhos de cerâmica fazem parte da memória afetiva de muitos e demonstram a reutilização de peças quebradas nos processos antigos de produção de revestimento. Esse foi o ponto de partida para pensar no que se opunha à lastra contínua e seu rejunte praticamente invisível, optando pelo uso da linha Ipanema, de Oskar Metsavaht para Portobello. Fazendo assim, referência à cidade e bairro em que estamos localizados e à imagem do caquinho cerâmico. Por isso, um grande banco, que invade as duas áreas revestidas, é uma linha do tempo que une passado com o futuro. Em um extremo, uma luminária em linha traz a ideia do contemporâneo, do simples e reto. Já do outro, uma obra de arte em cordas mostra o orgânico, o natural, o que sai do nosso controle. O espaço é uma brincadeira de opostos, mostrando que é possível, nas diferenças, chegar num consenso estético sem anular nossas inúmeras essências e possibilidades.
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