Uma arquitetura amparada, assim como sua autora, no mergulho, na imersão, no que é mais profundo de se ver, sentir e vivenciar. A inspiração da Casa-Camanducaia nos transporta para o município de mesmo nome de origem indígena, no braço da Serra da Mantiqueira, sul do Estado de Minas Gerais. É no cenário do clima ameno da serra e da luz serena sob as montanhas que devemos visualizar, bem no topo, essa proposta de contexto singular para um estúdio de fotografia, dentro de um amplo complexo artístico que impulsiona os diferentes modos do viver e do criar. A forma se enraíza com destreza, como se sempre tivesse feito parte daquela Mata Atlântica, mas, ainda assim, oferece o protagonismo para as imagens do entorno. A natureza de topografia acidentada emoldura o projeto e revela a força de um simples jogo de luz e sombra, enaltecido nas superfícies contínuas das Lastras Portobello. Formas, cores e tonalidades se avizinham de maneira harmônica com a aplicação do Folk Grey e Folk Ice, diferentes interpretações de um limestone, e Classic Marquinia, originário da pureza estética. Na Casa-Camanducaia habita o fotógrafo, suas inspirações, fontes e imagens imersas no protagonismo das belezas naturais. O morar e o experienciar se fundem como uma única expressão, efeito alcançado através da uniformidade visual das multissuperfícies.
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