Quando a Portobello me pediu para imaginar um café dentro da loja, a primeira coisa que eu pensei foi no momento histórico em que estamos vivendo e no contraste, diário, entre o desejo de contato humano e a impossibilidade de tê-lo. Nasceu, assim, um projeto em que o espaço de sociabilidade foi pensado como um espaço teatral, habitado por máscaras. A teatralidade da Máscara permite que você se esconda, se proteja e se isole em um lugar secreto. Os olhos permitem que você veja sem ser visto. Esse contexto social remete ao classicismo, e só poderia ser expressado por uma preciosa urna revestimento cerâmico, que interpreta mármore, interrompida apenas por um feixe de luz que entra pela janela, carregando a energia da paisagem brasileira, que sempre me fascinou.
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