Quando Lina Bo Bardi tirou das paredes os quadros e revelou ao mundo uma nova possibilidade de exposição, transformou a arte, o espaço e o encontro, dando olhos ao que antes não se via. Propõe-se então a partir dessa provocação olhar o âmago do que pode estar no transpassar e no refletir, no revelar os bastidores que antecedem a arte, pois o que está dentro, seja no outro ou em si, importa.
A galeria do agora é lugar de experimentação, divide-se em 03 espaços onde o corpo é recebido, a alma é confrontada e o espírito contemplado. A recepção acolhe, aconchega e busca ser conforto para a experiência que se propõe. O visitante é convidado a contornar o volume central do edifício que abriga o espaço da autenticidade, um atelier circular envolto por tecidos que pode ser utilizado durante a produção de obras pelos artistas residentes ou como espaço expositivo para as suas ferramentas, revelando assim processos que normalmente não são visíveis ao público.
Divide-se também em 03 planos em uma materialidade que remete ao toque, optamos assim por tons arenosos no piso com o revestimento Salt Lake e para as paredes levamos a terra utilizando os acabamentos da coleção Solar. O peso dessa horizontalidade é quebrado pela leveza da cobertura revestida em alumínio que reflete e abraça o todo e flutua nos grandes recortes de luz que buscam diminuir a utilização de iluminação artificial.
O transpassar permite a descoberta do outro lado, a vivência e compartilhamento daquilo que não se vê, não se toca. O refletir reforça que a arte de fato está em nós, em nossa interpretação e experiência daquilo que se observa.
#OQUEESTÁDENTROIMPORTA
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