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Árvores frutíferas: como incorporá-las ao paisagismo?

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18.02.2019
Você quer melhorar o seu projeto de paisagismo? Veja as principais dicas que preparamos para você arrasar na sua próxima proposta arquitetônica e descubra que o as plantas e árvores representam mais do que apenas um espaço verde.
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Por serem dois conceitos que se integram muito bem, reunimos as principais dicas para quem tem espaços, amplos ou pequenos, e planeja decorá-los com plantas que trazem cheiro de fruta do pé. Conversamos com uma paisagista que orienta para todos os gostos!

O paisagismo do seu projeto pode ir muito além da beleza das plantas. Pode passar pelas melhores memórias de infância do seu cliente, pode trazer o cheiro de fruta no pé ou o barulho das folhas caindo no chão e pode convidar para o conforto da sombra das árvores frutíferas, além de chamar para a alegria de atrair os animais polinizadores.

As árvores frutíferas vêm sendo incorporadas ao paisagismo contemporâneo e criam um cenário que une prazer estético ao aconchego das memórias nostálgicas de um quintal de vó.

Segundo a paisagista Paula Galbi, a maioria dos clientes tem optado por um paisagismo mais interativo, em que as plantas possam representar mais do que um espaço verde. Por isso, se verifica a crescente busca por árvores frutíferas e ervas. Então, entenda mais sobre o assunto e como você pode incorporá-las no seu projeto paisagístico!

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Paisagismo em um lindo jardim | Paula Galbi / Divulgação

As árvores frutíferas mais utilizadas

Segundo Paula, a árvore escolhida depende do tamanho do jardim. Para grandes espaços, as árvores frutíferas mais comuns são as cítricas, o pé de manga, a acerola e a jabuticabeira.

Para pequenos espaços, o público tem optado pelo pé de romã, de pitanga, de acerola, a cerejeira do Rio Grande, o pé de limão siciliano e, de novo, a jabuticabeira, que se desenvolve bem em vasos.

Aliás, a paisagista conta que as plantas frutíferas que melhor se desenvolvem em vasos são, além da jabuticabeira, o limoeiro, o pé de romã, de laranja kinkan, de mexerica, de mirtilo e de pitanga. Plantas de pequeno porte ou médio no geral.

LEIA AINDA: 8 técnicas de paisagismo que todo arquiteto deveria conhecer

A colheita dos benefícios

Os frutos não são os únicos benefícios que podem ser colhidos por quem opta por árvores frutíferas no paisagismo. Para Paula Galbi, as árvores frutíferas, quando maiores, podem ser usadas para sombreamento, barreiras térmicas e corta-vento, além de ajudarem na redução da sensação de calor.

“Quando plantadas no solo, elas ajudam na condução da água”, explica. Isso cria uma permeabilidade saudável para a terra que é algo que faz falta nas cidades grandes. As árvores frutíferas cultivadas em vasos também propiciam um ambiente bonito e convidativo para uma vida mais próxima à natureza e até uma alimentação mais variada.

Mesmo as árvores de pequeno e médio porte ainda ajudam na atração da fauna, principalmente pássaros. Tudo isso gera um ecossistema mais favorável para todo o planeta e promove bem-estar para quem está perto.

Dicas e cuidados para incorporar as árvores frutíferas ao ambiente

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Varanda decorada com árvores frutíferas | Paula Galbi / Divulgação

Se o seu projeto incluir árvores frutíferas, saiba que terá muitos benefícios, mas é preciso também observar algumas questões que listamos para você.

Planeje bem o espaço

O primeiro cuidado para incorporar árvores frutíferas é planejar o espaço, de preferência com um profissional especializado. Sem o conhecimento do tamanho da árvore ou de suas raízes, elas podem provocar alterações no solo, atingir algum muro, fiação elétrica ou, até mesmo, com suas raízes danificar piscinas.

Paula Galbi ainda orienta não plantar essas espécies em terrenos muito inclinados e nem tão próximo de edificações. “Se forem mudas, devem ter espaçamento suficiente entre as espécies”, comenta ela que completa: “Verifique o porte final das plantas para terem espaço para expandir sem ficarem amontoadas quando crescerem”.

Não é por que o tamanho final das árvores frutíferas deve ser observado que elas estão limitadas aos grandes espaços. Paula avisa que mesmo em um espaço reduzido, o interessado pode escolher espécies de pequeno porte e até tê-las em vasos, como no caso de algumas varandas ou jardins pequenos.

Cuide da luz, do adubo e da rega

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Lindo jardim com árvores frutíferas | Paula Galbi / Divulgação

Ultrapassada a etapa do planejamento do espaço, é preciso conhecer as necessidades das árvores frutíferas. “Essas são plantas que, para darem bons frutos, necessitam de luz por, pelo menos, seis horas ao dia”, exemplifica Paula Galbi.

A paisagista também indica cuidados especiais com adubação: “Hoje opto por uma adubação orgânica, mas também podem ser usados adubos com liberação lenta, ricos em fósforo, que duram até três meses”. A dica é, se possível, usar adubo orgânico quatro vezes ao ano.

Paula recomenda inserção de terra de boa qualidade e húmus de minhoca. E chama atenção para a irrigação: “A rega precisa ser realizada três vezes por semana numa quantidade razoável, mas com cuidado para não encharcar a terra”. Observe, se a área for aberta, se choveu, o que substitui uma rega.

Esse é um ponto que deve ser observado atentamente, pois as árvores frutíferas demandam uma boa irrigação em vaso ou em solo livre. Em regiões mais chuvosas, isso pode ser ajustado. Paula orienta: “Existem sistemas de irrigação com sensor de chuva para evitar que as plantas sejam irrigadas em excesso”.

Atenção para a drenagem correta

Um alerta especial para quem pretende manter as árvores frutíferas em vasos: atenção para a drenagem. Paula aconselha fazer uma camada no fundo do vaso de cinasita (argila expandida que se coloca no fundo do vaso) e manta de bidim, com substrato e húmus. Por cima, é bom fazer uma forração com ervas rasteiras ou cascas de árvore.

Evite pragas e doenças

Para a paisagista, uma boa forma de evitar as pragas é manter as condições ideais do solo, com equilíbrio na insolação e circulação de ar. O solo com nutrientes, rega e adubação periódicas ajuda a afastar as pragas e doenças da planta.

Paula ainda alerta para evitar os excessos: “O encharcamento pode gerar pragas e doenças, enquanto a falta de água pode gerar o que é chamado de estresse hídrico”.

Atenção à legislação para poda e corte de árvores

Em muitas cidades do Brasil, ainda que a árvore fique dentro da propriedade, ela é protegida pela legislação ambiental. Para cortar e até mesmo para podar as árvores, é necessário autorização do órgão competente, a exemplo da legislação de São Paulo.

Por isso, além de cuidar para que a poda não desequilibre ou custe a saúde da árvore frutífera, é bom verificar com o município se é necessário autorização para qualquer ação depois do seu plantio.

Observe o clima e o tempo de cada árvore para seu plantio

As árvores frutíferas podem ser classificadas em função de suas exigências climáticas. “As espécies de clima temperado devem ser plantadas nos meses de julho e agosto quando forem utilizadas mudas de raiz nua”, exemplifica Paula.

Ela completa: “Quando as mudas forem de torrão, o plantio já pode ocorrer ao longo do ano, desde que disponha de irrigação”. Por falar em irrigação, as espécies de clima tropical e subtropical devem ser plantadas no período de chuvas ou, se forem plantadas no período de seca, devem ser irrigadas diariamente.

Outras plantas que se adaptam bem ao mesmo ambiente das árvores frutíferas

Nem só de árvores frutíferas será feito o jardim. Mas como saber quais outras plantas utilizar? Paula conta que as plantas que tiverem as mesmas condições de insolação e irrigação das árvores frutíferas podem dividir bem o espaço com elas, como arbustos e forrações.

Cuidado com a cor do piso

Essa dica não é tanto em relação às árvores, mas para cuidar do piso quando as árvores estiverem presentes.

Paula Galbi avisa que as árvores que possuem frutas com cores escuras, avermelhadas e roxas podem sujar ou manchar o piso que for muito branco ou em tonalidades claras. Se esse for o caso, opte por laranjeira e limoeiro por produzirem frutas grandes difíceis de serem esmagadas. E o espaço continuará lindo.

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