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Veja como a região do World Trade Center se reinventou após os atentados de 11 de setembro

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A área do World Trade Center mudou muito desde 2001. Com a criação do memorial, do museu e dos novos prédios, a área ganhou turistas e uma nova chance de florescer. Veja como!
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Já faz quase 20 anos desde o atentado terrorista do World Trade Center, que vitimou quase 3 mil pessoas e feriu mais outros 6 mil, mas a cidade de Nova Iorque ainda não esqueceu o trágico 11 de setembro de 2001.

Isso não significa, todavia, que a cidade não tenha lidado com o trauma e se reconstruído mais forte e determinada. Foi exatamente o que aconteceu, especialmente na área da baixa Manhattan, que abrigava os dois prédios do centro de negócios e todo o distrito financeiro da região.

Hoje, a área ainda abriga muitos escritórios comerciais, mas foi transformada pelo turismo e pelas novas construções que surgiram para honrar e homenagear as vítimas do ataque. Continue a leitura para saber mais!

O memorial do World Trade Center como centro da região

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Memorial 11 de setembro em Manhattan, Nova York

O centro da região do World Trade Center é ocupado hoje por um complexo que conta com um memorial (chamado de 9/11 Memorial Plaza) e um museu (o Museu Nacional do 11 de Setembro), que lembram e homenageiam as vítimas do atentado terrorista que derrubou os dois prédios do local.

O complexo foi desenhado por Michael Arad e Peter Walker, do escritório Handel Architects, que venceu a competição ao propor soluções de como lidar com o espaço e homenagear as vítimas adequadamente.

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Memorial 11 de setembro em Nova York

Onde deveriam estar as duas torres do World Trade Center, há dois rebaixamentos das exatas medidas das plantas dos prédios, formando piscinas com quedas d’água infinitas, que atuam como “pegadas” deixadas pelas torres. No entorno dos monumentos, estão pedras de bronze com os nomes das mais de 3 mil vítimas dos ataques de 2001 e também de 1993.

O lugar é muito quieto e tranquilo, com um silêncio respeitoso em direção às vítimas, mesmo com a visita de milhões de turistas no ano todo. Só nos primeiros 12 meses do memorial (inaugurado em 2011), foram 4,5 milhões de visitantes.

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Fontes localizadas no antigo local das torres gêmeas em Nova York

Além do memorial, o lugar ainda abriga dois importantes pontos de visitação. O primeiro, claro, é o museu, que fica cerca de 21 metros debaixo da terra. Ele foi desenhado pela firma de arquitetura Davis Brody Bond e conta com mais de 10 mil m² de espaço para abrigar uma coleção de 14 mil artefatos, 40 mil imagens e centenas de horas de vídeos e gravações de voz sobre o ocorrido. Dentre as peças em exposição do museu estão caminhões de bombeiros danificados no salvamento, pedaços das torres e até partes dos aviões usados no ataque.

O design do museu aborda um estilo desconstrutivista, simulando um prédio inacabado — ou, mais adequadamente, em desconstrução. O estilo foi usado para refletir os efeitos do ataque às Torres Gêmeas.

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Raios de luz azul no centro de Manhattan em memória ao 11 de setembro

Já o segundo ponto de visitação é a Árvore Sobrevivente, uma árvore que ficava na região e foi a única a resistir à queda das toneladas de escombros das duas torres. Depois de ser retirada do lugar e tratada, ela retornou e está plantada ali, ao lado de muitas outras. Curiosamente, os responsáveis pelo memorial garantem que ela é a primeira a florescer todos os anos.

As novas construções que revitalizaram a região

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Rosa branca em homenagem ao 11 de setembro

O memorial e o museu do 11 de setembro não foram as únicas novas construções que tomaram o lugar do antigo World Trade Center. Nessas quase duas décadas, muitas outras obras começaram e ajudaram a revitalizar a área.

Uma delas é o One World Trade Center, um dos novos prédios feitos para abrigar o “novo World Trade Center”. Ele se destaca por ser um dos maiores da região ocidental do globo, com exatos 1.776 pés de altura — equivalente a 541 metros —, para homenagear o ano da Independência Americana.

Ao todo, o prédio se destaca por ter 104 andares, mais de 70 elevadores e cerca de 279 mil m² de espaço para abrigar escritórios e espaços corporativos. Ali, trabalham cerca de 3 mil empregados em vários grupos corporativos e marcas americanas.

Outra construção recente que ajudou a vitaminar a área foi o Hub de Transporte, elaborado por Santiago Calatrava, um arquiteto espanhol, e que atua como uma das estações de trem com destino a cidade de Nova Jersey. O prédio é belíssimo, todo branco e com o teto vazado, formado por placas que simulam asas, que vão por todo lado exterior do lugar.

Essas asas exteriores, aliadas ao telhado feito para abrir mecanicamente para aproveitar a luz do dia, foram pensadas para homenagear as vítimas do ataque de 11 de setembro. A razão é muito bonita: por causa do design da estrutura e da posição do prédio, ele é capaz de aproveitar ao máximo os raios de luz do equinócio de outono, que chegam mais ou menos perto do dia 11 de setembro todos os anos. Ou seja: é como se o prédio ajudasse a aproveitar os raios de luz em homenagem às vítimas.

Por fim, vale mencionar a reconstrução da estação de metrô que ficava imediatamente abaixo do antigo World Trade Center. Atualmente nomeada de WTC Cortlandt, a estação fica na Cortlandt Street e ajuda a ligar a área com o resto de Manhattan e de Nova Iorque.

As mudanças causadas pelo aumento do turismo na região

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Quatro mil bandeiras americana na faculdade de Pepperdine em memória ao 11 de setembro

Antes do atentado de 11 de setembro, a região da baixa Manhattan era predominantemente uma área de varejo, escritórios comerciais e do setor financeiro. Agora, a perspectiva do lugar vem mudando.

Com as construções do memorial, do museu e de outros prédios que honram as vítimas, o lugar passou a atrair milhões de turistas do mundo inteiro, que querem prestar suas homenagens ou simplesmente conhecer a área.

Por causa disso, a região começou a ser moldada pelo acréscimo de turistas, dando origem a espaços agradáveis como o Brookfield Place, inaugurado em 2014 e fruto da revitalização do espaço. Ele fica perto do Hudson River e é um espaço enorme que abriga muitos restaurantes, mercados e espaço para atividades.

Outro exemplo é o Westfield World Trade Center, um shopping que foi aberto dentro da estação de trem do Hub de Transporte. São muitas lojas e restaurantes para servir aos turistas e trabalhadores da região.

Como deu para ver, o ataque ao World Trade Center deixou uma cicatriz enorme na cultura de Nova Iorque e até na própria cidade. Mas, quase 20 anos depois, a região começa a se revitalizar e florescer, como a Árvore Sobrevivente.

O One World Trade Center e o Hub de Transporte são apenas dois dos prédios que foram construídos para reerguer a área. Outro deles é o 3 World Trade Center. Se você quer continuar conhecendo o projeto de revitalização, leia o nosso artigo sobre ele!

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  1. Nossa, como pude me esquecer de elogiar seu texto; desculpe-me! Muito bem escrito e muito bem explicado, eu nem conheço New York (minha paixão!) e com sua explicação, eu me senti caminhando pelos locais descritos! MUITO OBRIGADA! Parabéns! BOA SORTE!!!

  2. Parece que tudo ficou MARAVILHOSO; que bela homenagem; que lugar sagrado; se DEUS quiser, o conhecerei!!!
    É lamentável o que o ser humano é capaz de fazer por causa de dinheiro e/ou poder, mas fiquemos com a RESILIÊNCIA que é capaz de transformar, de fazer renascer boas ações, de criar esperanças!... Que DEUS sempre conforte os parentes, familiares e amigos das pessoas mortas, direta e indiretamente, nestes ataques às TORRES GÊMEAS, afinal, não foram 3 mil mortos, foi um número bem maior, pois, nos anos subsequentes aos ataques, morreram muitas pessoas de doenças provocadas pela poeira tóxica!
    PAZ, PARA OS QUE SE FORAM E PARA TODOS NÓS!!!

  3. Um país de primeiro mundo como EUA ,sempre respeitando sua população que é super patriota eu não espararia uma homenagem tão respeitosa para o seu povo e quem tem condições de conhecer o mesmo ,como pode ter respeito até pela uma única sobrevivente da Natureza uma árvore ! Maravilhoso

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