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O cobogó é um elemento vazado nacional que permite inúmeros usos em áreas internas e externas. Destaque para o lançamento da Portobello: Mundaú (Projeto: Portobello S.A.)

Cobogó: saiba como usar corretamente no projeto

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26.02.2018
Descubra o que é o cobogó, veja como usar esse elemento vazado no seu projeto e conheça as linhas da Portobello para transformar sua casa! [Atualizado em 05/08/2021]
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Bonito, versátil e nacional. Este é o cobogó, um elemento vazado que surgiu na década de 1920 e ajuda a trazer mais luminosidade e ventilação aos ambientes, além de agregar um charme todo especial.

São muitas as possibilidades de uso deste produto na decoração — por exemplo, substituindo paredes ou venezianas e inovando em fachadas.

Quer descobrir como o cobogó pode transformar seus projetos? Continue a leitura do artigo!

O que é o cobogó?

O cobogó é um elemento vazado, originalmente produzido em concreto, mas que hoje pode ser encontrado em diversos materiais.

Ele foi muito usado na arquitetura modernista brasileira, nas décadas de 1950 e 1960, inclusive aparecendo com destaque em projetos de Oscar Niemeyer.

Com padrões e desenhos inspirados na natureza, os cobogós são produtos nacionais e estão de volta, sendo uma verdadeira tendência.

Para que serve?

É importante destacar que o cobogó não deve substituir uma parede estrutural, porque não tem a capacidade de suportar e distribuir o peso de uma construção. Mesmo assim, pode ser usado de inúmeras maneiras.

A forma mais tradicional é separando ambientes nos quais se deseja manter a luminosidade e a ventilação. Ele é muito utilizado em lofts, apartamentos, kitnets e outros espaços para fazer divisões, mas sem comprometer a sensação de amplitude.

O cobogó tem inúmeras funções, como dividir ambientes, mas sem comprometer a luminosidade e a ventilação
(Projeto: Portobello S.A.)

Como surgiu o cobogó?

O cobogó é um produto brasileiro. Ele foi desenvolvido em 1929, em Pernambuco, por três engenheiros e donos de uma fábrica de tijolos: Amadeu Oliveira Coimbra, August Boeckman e Antonio Góes. Inclusive, seu nome é uma homenagem aos criadores, pois usa as sílabas iniciais dos sobrenomes deles.

A inspiração veio de um elemento muito presente na arquitetura árabe, feito de madeira vazada e com combinações geométricas: o muxarabi. No entanto, os primeiros cobogós foram produzidos em concreto e tinham formas simples, características que os tornavam opções mais baratas.

Seu surgimento coincidiu com o período da arquitetura modernista em Pernambuco, liderada por Luís Nunes. O conceito de modernismo se baseava em usar materiais industriais, deixando-os expostos e gerando economia.

A ideia era desenvolver um elemento que ajudasse a deixar os ambientes frescos, especialmente devido ao calor do Nordeste. Os engenheiros brasileiros chegaram à conclusão de que a maneira mais simples e econômica de fazer isso era aproveitar a brisa que vem do mar.

Foi assim que nasceu o cobogó. Ele foi usado pela primeira vez no projeto da Caixa D’Água de Olinda, com a função de proteger a escada interna que leva ao reservatório de água, que precisava de ventilação. O prédio é tombado e hoje abriga a sede do Instituto de Arquitetos do Brasil.

Evolução

Com o passar do tempo, o produto foi apropriado pela indústria, o que transformou seu padrão tradicional, de apenas 8×8 furos, e trouxe inovação em termos de materiais.

O elemento vazado, é claro, rompeu as barreiras de Pernambuco e se tornou um dos ícones da arquitetura moderna nacional, sobretudo com os projetos de Lucio Costa e Oscar Niemeyer, inclusive em Brasília.

No entanto, a arquitetura brasileira avançou ao longo dos anos, passando a privilegiar matérias-primas como o aço e o vidro, de acordo com as tendências.

Felizmente, de uns tempos para cá o cobogó foi resgatado, principalmente graças às exigências de sustentabilidade e à volta às origens da arquitetura nacional.

Em quais materiais está disponível?

Originalmente, o cobogó é feito com cimento. Mas hoje é possível encontrar uma série de alternativas sofisticadas em diversos materiais, como:

  • cerâmica (com acabamento esmaltado e cores diferentes);
  • concreto;
  • madeira;
  • gesso;
  • vidro;
  • ferro.

As estruturas de madeira e ferro podem reduzir a quantidade de luz, dependendo da forma como são montadas, mas sem diminuir a circulação de ar.

Portanto, são boas opções para bloquear o sol de uma varanda sem deixar o local abafado ou para dividir cômodos que tenham outra fonte de iluminação.

Os cobogós de cerâmica são versáteis, bonitos e duráveis, podendo compor diferentes ambientes
(Projeto: Portobello S.A.)

Já as paredes de vidro permitem que a luz entre e cortam a passagem de ar, o que é ótimo para obstruir odores ou ventos muito fortes.

Servem para separar, por exemplo, a cozinha e a lavanderia, o quarto e o banheiro ou a garagem e o resto da casa, impedindo que cheiros, fumaça e umidade passem de um ambiente ao outro.
Os cobogós de cerâmica permitem a passagem de ventilação e adicionam um toque de sofisticação aos ambientes.

Quais são as vantagens do cobogó?

Não é à toa que o cobogó é uma tendência decorativa e se manteve durante tantos anos em alta na nossa arquitetura. Afinal, esse elemento vazado oferece vários benefícios, como:

  • pode ser usado em locais nos quais há uma grande necessidade de ventilação, como aqueles que comportam equipamentos de água e gás;
  • é capaz de se adaptar às condições climáticas de diversas regiões quentes do país, o que favorece o conforto térmico;
  • é uma alternativa mais sustentável, porque contribui para reduzir o consumo de energia elétrica nas residências;
  • ajuda a dividir ambientes de forma simples, sem perder a sensação de continuidade das plantas integradas;
  • é fácil de ser assentado com argamassa e, inclusive, usa menos material que as paredes de tijolos;
  • é possível encontrá-lo em uma ampla variedade de materiais, o que permite inúmeras criações;
  • facilita a entrada de luz e ventilação natural, ao mesmo tempo em que dá privacidade;
  • pode ser utilizado para renovar fachadas e em áreas externas.

Como usar o cobogó na decoração?

Já deu para notar que o cobogó permite vários usos, não é mesmo? Veja algumas dicas e inspirações que reunimos!

Ponto focal do ambiente

O cobogó pode ser um belo ponto focal, especialmente quando produzido em materiais sofisticados, além de cores, texturas e desenhos diferenciados.

O cobogó ajuda a dividir ambientes, mas sem perder o efeito de continuidade, justamente porque é um elemento vazado (Projeto: Portobello S.A.)

Divisão de ambientes

Como é um elemento vazado, o cobogó dá um pouco mais de intimidade, mas sem comprometer a sensação de continuidade das plantas integradas. Por isso, está muito presente em lofts e outras construções com layouts abertos.

Você poderá usar uma parede inteira, por exemplo, para separar o quarto do escritório ou a sala de jantar da de estar. Ou só um detalhe, usando o produto para dividir ambientes, transformando-o em uma estante ou outro objeto funcional.

Nas áreas externas, o cobogó ajuda a dar privacidade, sem perder a conexão com o entorno (Projeto: Portobello S.A.)

Áreas externas

Nas áreas externas, os cobogós podem ser usados de várias maneiras. Por exemplo, criando uma parte reservada no jardim ou separando a piscina.

Também é possível usá-lo como um painel decorativo, elaborando ambientes diferentes no espaço gourmet ou ajudando a trazer mais intimidade para as varandas.

O cobogó é uma pedida excelente para compor fachadas diferenciadas (Projeto: Portobello S.A.)

Fachadas

As fachadas ficam muito mais bonitas com o cobogó, que pode ser usado para criar um ponto focal, dando o destaque que só os elementos diferenciados são capazes.
São inúmeras as possibilidades do produto, inclusive na frente de um espaço com vidro, para trazer um pouco de intimidade.

Janelas

O cobogó também pode substituir venezianas, o que favorece a privacidade, mas sem perder o conforto térmico. Nesse sentido, ele pode aparecer em algumas janelas ou grandes aberturas de vidro.

Cuidados básicos

Para conquistar um ambiente bonito e harmônico, algumas dicas são fundamentais, como:

  • privilegiar formas que tenham sentido com o design e a proposta do espaço de modo a criar uma sinergia entre todos os elementos;
  • optar por um cobogó produzido em materiais de qualidade, que garanta os resultados esperados.

Aliás, paredes vazadas de até 1,80 m nem precisam ser fixadas no chão ou fazer parte da estrutura de construção: seu próprio peso já é suficiente para que se mantenham firmes.

Esse tamanho é ideal para quem precisa apenas de uma divisão parcial ou um efeito interessante na decoração.

Quais cobogós a Portobello produz?

A Portobello conta com linhas incríveis de cobogó para transformar seus projetos. Veja algumas opções.

Mundaú

Este é um lançamento da Portobello, que nasceu de uma concepção diferenciada, unindo sustentabilidade ambiental e social. O projeto veio da necessidade de encontrar uma solução criativa para os problemas enfrentados pela comunidade carente de Vergel do Lago, em Maceió.

Foi então que os designers Marcelo Rosenbaum e Rodrigo Ambrosio conheceram o artesão Itamacio Santos, de 42 anos, que desde os 18 produz vasos a partir de uma técnica própria, que usa lixo e cimento.

O encontro dos saberes de Itamacio com os profissionais convidados da Portobello resultou em uma nova coleção. Assim, surgiu o cobogó Mundaú, um elemento vazado que une a arquitetura modernista e um novo saber: o uso da concha de sururu.

O cobogó Mundaú é a novidade da Portobello que une sustentabilidade ambiental e social em um conceito diferente de design (Projeto: Portobello S.A.)

A extração do sururu, um molusco tradicional do Nordeste, tinha consequências negativas para a comunidade de Vergel do Lago, devido ao descarte inadequado da casca, que acabava não tendo uma utilidade prática.

Ao utilizar essa matéria-prima para a fabricação do cobogó Mundaú, a Pointer, uma marca do Portobello Grupo, reaproveita uma parte desses detritos. Isso gera uma fonte de renda para a população local e resolve um grave problema ambiental.

No entanto, além desse caráter sustentável, esse produto conta com elementos de design diferenciados, que o tornam extremamente bonito. Por exemplo, ele apresenta uma forma orgânica vazada, que remete ao formato da concha do sururu.

Outro ponto de destaque é a coloração. Como sua massa é uma mistura da concha triturada do molusco com o concreto, ele tem uma tonalidade furta-cor, ora puxando para o verde, ora para o roxo. Essa característica dá um efeito especial aos projetos.

Lançado na Expo Revestir de 2020, atualmente o cobogó Mundaú integra os catálogos da Portobello e da Pointer e pode ser encontrado com facilidade em qualquer região do país por meio das unidades da Portobello Shop.

Elemento

Elemento é uma versão minimalista e urbana do cobogó tradicional (Projeto: Portobello S.A.)

Esta é uma reinterpretação do tradicional cobogó, em uma versão minimalista e urbana, que é executada em concreto e está disponível nas cores cinza e branco.

A linha Elemento conta com um desenho geométrico simples, com formas puras e belas, na medida perfeita para transformar inúmeros ambientes.

Studio Craft

As origens da cerâmica é o ponto de partida da linha Craft (Projeto: Portobello S.A.)

A linha Studio Craft revisita as origens da argila, principal matéria-prima para a criação das cerâmicas e dos porcelanatos.

Por isso, este é um cobogó com superfície delicada e cores naturais, que possibilitam composições suaves e convidativas.
São pequenos tijolos de cerâmica esmaltada a mão e cobogós de cerâmica natural que ampliam as possibilidades de uso.

A Portobello também conta com a linha inspirada no Planalto Central.

Agora você já sabe tudo sobre o cobogó? Se ainda tem alguma dúvida ou precisa de ajuda para escolher o modelo certo, entre em contato com o time de atendimento da Portobello!

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  1. Olá Yara, tudo bem?

    Que bom que você gostou, continue visitando o nosso Portal para ficar por dentro dos nossos conteúdos!

    – Equipe Archtrends Portobello

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