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Construções sóbrias, funcionais e luxuosas: conheça a arquitetura romana

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11.04.2018
Este texto faz parte de uma série de artigos que mostram como a arquitetura de diversos países influenciou o Brasil. Ao entender as principais características da arquitetura de outras culturas, será possível compreender melhor como elas foram incorporadas em terras brasileiras, além de se inspirar para produzir projetos cada vez mais incríveis e cheios de referência.
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Uma mistura de elementos inovadores com técnicas de diferentes povos: assim pode ser definida a arquitetura romana. Suas obras inspiraram sociedades ao longo da história e hoje encantam diversos grupos — tanto profissionais da área da construção civil quanto admiradores de construções antigas.

Assim como outros países, o Brasil incorporou várias características dos projetos elaborados pela civilização romana. Em cidades específicas, as referências a esse tipo de arquitetura são facilmente identificadas, seja por meio das técnicas construtivas adotadas ou pelos detalhes presentes nas edificações.

Neste artigo, vamos mostrar como surgiu a cidade de Roma, suas principais obras e contribuições para o mundo moderno. Acompanhe para entender de que forma ela influenciou a arquitetura brasileira e se inspirar com soluções que resgatam o estilo antigo!

A história de Roma e sua influência no mundo de hoje

A explicação mitológica para o surgimento dessa civilização é bastante conhecida: os gêmeos Rômulo e Remo, resgatados do rio Tibre por uma loba, foram amamentados e, mais tarde, criados por um casal de pastores.

Já adultos, retornaram para a cidade natal (Alba Longa), onde ganharam terras e fundaram Roma.

Já do ponto de vista histórico, podemos constatar que o desenvolvimento de Roma foi marcado por diversos avanços, e muitos deles fizeram com que a pequena cidade se tornasse um dos maiores impérios da antiguidade. Saiba mais sobre cada período:

  • Monarquia Romana: resultado da mistura de povos gregos, etruscos e italiotas que habitaram a Península Itálica, a economia da região era baseada na agricultura e em atividades pastoris;
  • República Romana: os senadores ganharam poder para cuidar das finanças públicas, da administração e política externa. Na época, a aprovação da Lei Licínia garantiu a participação dos plebeus no Consulado;
  • Expansão: após o domínio da Península Itálica, os romanos seguiram conquistando outros territórios, como Cartago, Grécia, Gália, Egito, Germânia, Macedônia, Síria, Trácia e Palestina;
  • Formação do Império: as conquistas mudaram significativamente a vida dos romanos. Povos das regiões dominadas foram escravizados ou obrigados a pagar impostos. O excedente de recursos obtidos nas províncias controladas enriqueceu o império;
  • Crescimento urbano: a escravidão gerou desempregos e trouxe problemas sociais. Com medo de uma possível revolta por parte dos desempregados, o imperador criou a famosa política do Pão e Circo. Esta oferecia alimentação e diversão às populações carentes;
  • Crise: no século III, o império passou por uma crise econômica e política. Os gastos excessivos com luxo e a corrupção dentro do governo diminuíram os investimentos no exército romano. O fim das conquistas reduziu o número de escravos, que provocou queda na produção agrícola;
  • Decadência: com a crise e o exército enfraquecido, as fronteiras ficaram desprotegidas, e muitos soldados abandonaram suas obrigações. A região foi dividida em Império Romano do Oriente e Império Romano do Ocidente. Este chega ao fim no ano de 476, após invasões de povos bárbaros.

Mesmo com o fim da Antiguidade e início da Idade Média, a civilização Romana deixa um legado que até hoje influencia o nosso mundo, nos mais diversos aspectos. Veja a seguir alguns exemplos de sua contribuição para a sociedade atual!

Língua

No Brasil, o idioma herdado dos colonizadores portugueses vem do Latim, que era a língua falada em Roma. Outras línguas derivadas do Latim são o francês, espanhol, romeno, catalão, galego, italiano e provençal.

Direito

O campo jurídico do mundo ocidental tem forte influência romana. Inclusive, alguns termos utilizados nessa área, como habeas corpus, derivam do latim. Os códigos jurídicos que formam a base do Direito Internacional também surgiram a partir dos Códigos de Leis romanos, que eram divididos em:

  • Jus Naturale (Direito Natural);
  • Jus Civile (Direito Civil);
  • Jus Gentium (Direito das Gentes).

Algarismos romanos

Os números romanos são conhecidos e utilizados em diversos países para fazer referência aos séculos. Mesmo as línguas que não são de origem latina, como o alemão, costumam adotá-los.

Artes plásticas

Os romanos buscavam reproduzir o corpo humano e os elementos naturais de forma real. Esse realismo representado nas pinturas, murais e esculturas da época foi deixado de lado na Idade Média e resgatado no Renascimento.

A pintura romana foi diversa na temática e na escolha dos materiais: pó de madeira, metais em pó, vidros pulverizados, seivas de árvores. Os artistas representavam acontecimentos mitológicos, natureza-morta e acontecimentos cotidianos.

As esculturas que, muitas vezes, adornavam a arquitetura da época, costumavam representar os imperadores e outras pessoas ou figuras importantes.

Literatura e filosofia

Como herdeira das formas literárias desenvolvidas pelos gregos, a civilização romana virou um centro de difusão cultural. Reuniu diversos poetas, filósofos, historiadores, juristas e teatrólogos. No pensamento filosófico, o epicurismo e o estoicismo se tornaram populares.

Religião

No tempo da monarquia, a religião era politeísta e adotava deuses semelhantes aos dos gregos, mas com nomes diferentes. Algumas divindades orientais ganharam adeptos após o domínio de territórios próximos ao Oriente.

Posteriormente, Roma contribuiria para o desenvolvimento do cristianismo, que desempenhou papel importante na formação da civilização ocidental. A Igreja Católica de Roma é uma instituição em funcionamento muito antiga, com mais de dois mil anos.

Engenharia e arquitetura

Os romanos ficaram conhecidos por apresentarem domínio de várias técnicas da engenharia civil. Elas permitiram a construção de aquedutos e a abertura de estradas ou pontes que ligavam a região às províncias controladas.

Na arquitetura, se destacaram pela criação de grandes palácios, templos, prédios públicos, anfiteatros e estádios. A eficiência das obras era tanta que muitas das soluções e estilos foram adotados pelas sociedades seguintes, incluindo a nossa.

As principais características da arquitetura romana

Os romanos se inspiraram na arquitetura etrusca e grega para o desenvolvimento de seus projetos. Isso não impedia que incorporassem elementos próprios nas construções. Suas principais características eram:

  • solidez;
  • plantas rigorosas;
  • uso de arcos e abóbadas;
  • colunas, entablamentos e frontões;
  • paredes largas e aberturas estreitas;
  • luxo, funcionalidade e grandiosidade.

Os materiais comumente utilizados na época eram barro (tijolo), pedras, madeira e argamassa (cal + areia + pozolana). O curioso é que, após um incêndio ter tomado a cidade no ano 64 d.C., o imperador Nero ordenou que algumas edificações fossem reconstruídas com uma matéria-prima mais sólida e resistente.

Nesse momento, o barro e a madeira saem de cena para dar lugar ao concreto, obtido a partir de cinzas vulcânicas, cal e água do mar. A mistura dava origem a um mineral forte e altamente resistente. Com a utilização do concreto romano, as colunas, que muitas vezes tinham função estrutural, passaram a servir como elementos decorativos.

Exemplos de arquitetura e engenharia romana

Diversas obras arquitetônicas e de infraestrutura compunham a cidade de Roma. Elas refletiam a postura sóbria do povo local e tinham funções bastante práticas. Saiba mais sobre as características e utilidades de cada uma:

  • aquedutos: arcos com canaletas feitos de pedra e utilizados para o abastecimento de água da população. Conduziam o volume dos reservatórios para a cidade;
  • templos: luxuosos e bem-iluminados, eram concebidos para homenagear os deuses;
  • basílicas: construções multifuncionais, abrigavam tribunais, cúrias e demais repartições públicas, como mercados, palácios imperiais e bolsas de mercadores;
  • termas: construções usadas para banhos públicos. Nesses espaços, as piscinas, banhos quentes e frios e vestiários eram separados;
  • circos e anfiteatros: obras destinadas ao entretenimento. Nos circos aconteciam as corridas de biga; os anfiteatros eram palcos de lutas entre gladiadores ou de pessoas contra animais ferozes;
  • estradas: rotas que ligavam várias cidades. Eram importantes para o comércio e utilizadas para o deslocamento do exército;
  • arcos de triunfo: construídos com pedra ou mármore, tinham como propósito homenagear os imperadores e marcar grandes conquistas;
  • cloaca máxima: o sistema de esgoto mais antigo do mundo era despejado no rio Tibre. Foi construído para drenar pântanos e remover dejetos da cidade;
  • domus: residências de habitação unifamiliar, típicas da Roma antiga;
  • ínsulas: habitação coletiva, com uso misto comercial e residencial.

A derivação da arquitetura grega como referência

Como já dissemos, as construções romanas não eram totalmente puras, visto que surgiram a partir de outras duas arquiteturas: a etrusca e, em especial, a grega.

Da Grécia, os principais pontos adotados pelos romanos foram as colunas de ordens dórica e jônica. O dórico — que representa a proporção e força do corpo masculino — aparecia nas colunas externas dos templos romanos, enquanto o jônico — que representa a esbelteza feminina — era mais utilizado nas colunas internas.

Mais tarde, por valorizarem o luxo e ostentação, os romanos também passariam a adotar a ordem coríntia em suas obras. Trata-se de uma coluna elaborada, com ornamentos e detalhes de folhas e brotos de acanto. Devido às semelhanças, tanto o estilo grego quanto o romano se encaixam na definição de arquitetura clássica.

Outra referência importante para o modo de construir dos romanos foram os etruscos, que viviam na Etrúria, Península Itálica (atual Toscana). Para alguns historiadores, foram eles que ensinaram o povo de Roma a erguer pontes e fortificações e, ainda, ajudaram a incorporar arcos e abóbadas nas construções.

Uma edificação romana com influência etrusca pode ser identificada pela combinação de vestíbulo (hall de entrada) profundo, planta retangular, colunas individualmente posicionadas, escada na parte frontal e teto de duas águas.

Os principais projetos de destaque do local

Diversos projetos importantes foram concebidos durante o Império Romano. Enquanto algumas edificações perderam características originais com o passar do tempo, outras obras permanecem intactas. Independentemente do estado de conservação, todas contam histórias que encantam turistas a cada ano. Veja algumas das mais importantes!

Coliseu

Considerado símbolo de Roma, o Coliseu é o maior anfiteatro da história. Também é conhecido como “Anfiteatro Flavio”, visto que sua construção foi iniciada por um representante da dinastia imperial Flaviana.

Composto por diversos arcos redondos e colunas dóricas, jônicas e coríntias, essa obra esculpida em pedra traz lembranças de um passado glorioso. Suas paredes têm 46m de altura e são dividas em quatro pavimentos.

Arco de Constantino

É um dos maiores arcos triunfais de Roma, localizado próximo ao Coliseu. Seu nome deriva da comemoração da vitória de Constantino sobre Maxêncio, ocorrida na Batalha de Ponte Mílvio, em 312 d.C. Sob ele passava a Via Triunfal — rota percorrida por grandes generais e imperadores da época.

A grande estrutura tem 21m de altura e 25,9m de largura. Ela abriga um arco de passagem central com 11,5m de altura e dois arcos laterais com 7,4m. O ático sobre a passagem é feito de tijolos e revestido com mármore.

Panteão

O termo Panteão significa um conjunto de deuses ou o templo a eles devotado. De fato, essa é uma das construções antigas mais famosas por causa de suas grandes colunas, cúpula arredondada e geometria equilibrada com proporções perfeitas.

O Panteão se encontra em ótimo estado de conservação e hoje é considerado um símbolo da religiosidade ancestral. No século VII, a famosa obra foi convertida em basílica cristã: a igreja de Nossa Senhora dos Mártires.

arquitetetura romana

Basílica de São Pedro

Preservada como Patrimônio Mundial da Humanidade, a Basílica de São Pedro é a maior igreja do mundo. Foi fundada por Constantino e traz elementos interessantes, como esculturas e a famosa cúpula de Michelangelo.

O monumento fica dentro do Vaticano e se tornou ponto de encontro de fiéis do mundo todo, que procuram o espaço para celebrar importantes cerimônias da Igreja Católica.

Fórum Romano

Localizado no centro de Roma, no vale entre o Monte Palatino e Capitolino, era popularmente conhecido como Fórum Magno. Hoje, sua praça retangular é rodeada por ruínas de diversas construções públicas importantes, nas quais ocorriam discursos, confrontos entre gladiadores e discussões sobre assuntos comerciais.

Por séculos, o Fórum foi tratado como centro da vida pública romana e, por esse mesmo motivo, considerado um dos pontos de encontro mais conhecidos do mundo.

A influência na arquitetura do Brasil

A influência europeia na cultura brasileira fica clara nas mais diversas áreas, incluindo a arquitetura. Tanto que, durante o período colonial, o traçado de algumas cidades e o estilo das residências urbanas se baseavam nas antigas tradições portuguesas.

Foi em 1808 que Dom João, regente de Portugal, decidiu transferir a corte de Lisboa para o Rio de Janeiro, trazendo várias mudanças para o país. Com elas, também veio o neoclassicismo, vertente artística que já havia se difundido na Europa.

O neoclassicismo se relaciona à época clássica, ou seja, à antiguidade grega e romana. Tem como principais características as linhas retas, colunas lisas e arquitetura com poucos enfeites ou ornamentos — o oposto do barroco. Desde que chegou, esse estilo foi incorporado às construções de diferentes cidades brasileiras.

Embora o retorno dos traços simétricos e geométricos inspirados na arquitetura romana e grega tenha sido mais forte no centro do país, ele pode ser visto em vários estados.

A incorporação de elementos da cultura romana pelos imigrantes

Os primeiros imigrantes italianos chegaram ao Brasil por volta de 1870. No entanto, o maior fluxo ocorreu entre as décadas de 1880 e 1910, quando muitas das famílias se instalaram nas regiões Sul e Sudeste.

A maioria dos italianos era de origem humilde. Eles viam no Brasil a possibilidade de oferecer mão de obra em troca de uma nova vida. Nesse sentido, a cultura arquitetônica dos povos imigrantes começou de maneira singela, com muito esforço e trabalho.

As primeiras casas eram construídas espontaneamente, com base nos conhecimentos trazidos da Itália e a partir de insumos e ferramentas que estavam disponíveis. Pedra, madeira e barro eram as matérias-primas mais abundantes.

A mão de obra, por sua vez, era artesanal e rústica. Ou seja, diferentemente dos estilos neoclássicos importados pelos colonizadores portugueses, a arquitetura feita pelos próprios imigrantes italianos era muito mais simples e modesta.

Principais projetos brasileiros com essa referência

O neoclassicismo pode ser considerado uma reação aos exageros do Rococó. O culto à razão, clareza, ordem e pureza aparece em diversas obras espalhadas pelo território nacional. Para mostrar a referência do estilo da arquitetura romana e grega, selecionamos três projetos de destaque no Brasil. Veja a seguir!

Palácio dos Bandeirantes – São Paulo, SP

Idealizado pelo Conde Francisco Matarazzo em 1938, o palácio foi elaborado pelo arquiteto italiano Marcello Piacentini, que determinava o uso de linhas abstratas, muros lisos, colunas e fachada ampla. Em 1950, o engenheiro Francisco da Nova Monteiro assumiu o projeto e modificou a proposta inicial para agregar um estilo italiano e eclético, voltado para o neoclassicismo.

A construção começou em 1955. A finalidade da obra era abrigar a Universidade Comercial Francisco Matarazzo que, no fim, acabou não sendo instalada. Em 1963, o edifício se tornou propriedade do Governo do Estado de São Paulo e, atualmente, é sede do Poder Executivo Estadual.

Teatro Santa Isabel – Recife, PE

O edifício que homenageia a Princesa Isabel é um exemplo de genuína arquitetura neoclássica no Brasil. Foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1949 e recebeu visita de muitas figuras importantes, como Dom Pedro II, Tobias Barreto, Carlos Gomes, Castro Alves e Anna Pavlova.

De autoria do engenheiro francês Louis Vauthier, o Teatro Santa Isabel é trabalhado com platibanda, balcão, frontão e três arcadas que cobrem a entrada. Na parede do andar superior, é possível visualizar a mesma quantidade de colunas e arcos romanos para as janelas e portas.

Palácio do Itamaraty – Rio de Janeiro, RJ

Construído por José Maria Jacinto Rebelo entre 1851 e 1855, o Palácio é outro exemplo de edificação neoclássica. Trabalhado em nobres proporções, hoje ele abriga o escritório de representação do Ministério das Relações Exteriores no Rio de Janeiro. Uma parte também é utilizada pelo Escritório de Informações das Nações Unidas.

Apesar de não trazer frontão triangular na fachada, a obra tem ritmo, modulação e simetria. Também tem como características o uso de platibanda para esconder o beiral do telhado, balcão com ferro forjado e a cor rosa-claro.

A incorporação do estilo italiano em cidades do Sul

No Sudeste, muitos imigrantes italianos permaneceram no estado de São Paulo para trabalhar nas indústrias e lavouras de café. Enquanto isso, as famílias que foram para o Sul se concentraram principalmente na região da Serra Gaúcha, em cidades como Garibaldi, Bento Gonçalves e Caxias do Sul.

Ao chegarem na nova terra, os imigrantes se dedicaram a diferentes atividades, desde o cultivo de uva para produção de vinho até o exercício de empreendedorismo voltado ao comércio ou prestação de serviços. Inicialmente, suas construções tinham como principal função fornecer abrigo e, muitas vezes, eram concebidas de modo precário.

Com o tempo, a arquitetura italiana produzida na região sul evoluiu e passou a incorporar diferentes soluções. Eram comuns as residências simples de dois pisos, com porão semienterrado e sótão. Por outro lado, as obras de igrejas e capelas eram as mais ornamentadas e grandiosas. Confira outras características das edificações:

  • uso de materiais nativos abundantes e presentes no entorno, como pedra bruta irregular, tijolo ou madeira rachada rusticamente;
  • inserção harmoniosa na paisagem, como uma construção que se adapta ao meio;
  • solidez e formas simplificadas — características que remetem à antiga arquitetura romana.

Em algumas casas em cidades de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, os elementos decorativos aplicados na própria edificação ganharam destaque. Entre eles, podemos citar os caixilhos, balaustradas, lambrequins, balcões, passadiços e beirais.

Dicas para se inspirar ao realizar projetos modernos

Os estilos antigos sempre inspiraram novas criações e harmonizam muito bem com projetos mais modernos. Você pode se inspirar na grandiosidade dos monumentos neoclássicos ou apostar na rusticidade das pequenas residências italianas. Para ajudar nesse processo, trouxemos algumas dicas para realizar diferentes trabalhos.

Na arquitetura

Reproduzir arcos e colunas não faz muito sentido em tempos que demandam o uso racional de recursos e que disponibilizam sistemas construtivos mais leves e eficientes. O importante é fazer a releitura desses elementos e adaptá-los ao estilo de vida contemporâneo.

Uma dica é compor espaços com grandes aberturas, que simulem pórticos. A planta rigorosa e simétrica adotada por muitas civilizações antigas também é interessante, visto que otimiza a ocupação do terreno e facilita o planejamento de diferentes layouts.

Os revestimentos externos podem cumprir o papel de ornamento, dispensando a criação de detalhes arquitetônicos que não cumprem função estrutural. Para isso, é possível apostar em diferentes materiais, como texturas, pedras naturais ou peças de porcelanato.

No design de interiores

Mesmo que a parte exterior dos edifícios romanos revelasse pureza e simplicidade, era comum que as áreas internas fossem luxuosas e bem-decoradas. Mosaicos, pinturas realistas, figuras em relevo, estátuas e até chafarizes faziam parte da composição.

Para não pecar pelo excesso de objetos antigos, use o estilo clássico com cautela. É possível trazer equilíbrio com a adição de uma peça mais sofisticada em um ambiente neutro. Que tal um sofá com linhas sinuosas, um jogo de candelabros ou uma cortina de veludo?

O importante é que os demais elementos — pisos, estantes, luminárias, acessórios — tragam um design mais básico e trabalhado com materiais atuais. Uma paleta de cores que remeta aos tons da natureza também é uma escolha fácil de combinar.

No paisagismo

Os jardins romanos completavam a arquitetura. Além de hortas ordenadas e plantas trabalhadas com a técnica da topiaria, eles também traziam passeios, pórticos, esculturas, fontes centrais e piscinas.

Não precisa incorporar tudo isso no paisagismo moderno. Inspire-se nas residências dos imigrantes italianos, que se adaptavam aos arredores. Assim, poderá manter a harmonia entre as espécies escolhidas, os elementos construídos e a vegetação do entorno.

E então, gostou de saber mais sobre a arquitetura romana e sua importância em diferentes períodos da história? Continue acompanhando a nossa página para ficar por dentro de outros conteúdos relevantes.

Agora, que tal fazer com que as informações deste post cheguem a mais pessoas? Para isso, compartilhe-o em suas redes sociais e marque os amigos arquitetos!

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  1. Senhores, a foto que foi colocada como referente ao Panteão Romano é na realidade a frente do Palacio Itamaraty no Rio de Janeiro, sede do Ministério de Relações Exteriores na cidade. Sugiro uma atualização o mais breve possível.

  2. boa noite oje milha filha min levou para almoçar rodante o almoço falou sobre um passeio na igreja Romana fiquei muito feliz

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