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Catedral de Notre-Dame, em Paris, é exemplo de arquitura gótica

Arquitetura Gótica: conheça suas características e influências na decoração

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17.05.2022
Você sabe o que é Arquitetura Gótica? Esse estilo marcou uma época e até hoje inspira construções pelo mundo todo. Conheça as características desse movimento e como suas consequências podem ser observadas nos dias de hoje
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A Arquitetura Gótica é, sem dúvidas, uma das mais impressionantes que temos até hoje, seja pela riqueza de detalhes ou pela grande dimensão de suas construções. Ela faz parte da história da Europa e alguns de seus aspectos podem ser aplicados nos projetos atuais de decoração.

Quer saber mais sobre esse estilo? Acompanhe o conteúdo que o Archtrends Portobello preparou!

Para ouvir o artigo completo, clique no play abaixo:

O que é a Arquitetura Gótica?

A ideia de Arquitetura Gótica se refere ao movimento que dominou o estilo de construções do séculos 10 ao 15, correspondente à Baixa Idade Média. Nesse período, a maioria das obras era feita com finalidade religiosa e, por isso, essa tendência também é chamada de “arte das catedrais”.

Também conhecida como “obra francesa”, essa forma de expressão veio depois da Arquitetura Românica (derivada das características arquitetônicas da Roma Antiga, prevendo a construção de edifícios preparados contra invasões e conflitos), e precedeu o movimento Renascentista (que propõe a volta dos padrões artísticos clássicos).

A Arquitetura Gótica é tida como um marco na história do continente europeu e das artes em geral, uma vez que rompeu com o modelo de construção vigente e se tornou uma vertente inovadora, muito diferente da arquitetura clássica.

Esse estilo é reconhecível principalmente pela riqueza de detalhes presente em cada parte das obras e da verticalidade das construções. Dessa maneira, cada projeto transmitia uma valorização do divino, como se buscasse tocar o céu a partir de suas torres.

Além das catedrais católicas, a tendência arquitetônica gótica também está presente em mosteiros e basílicas de sua época, e, em todas essas construções, esse conceito trouxe elementos construtivos muito marcantes – como as abóbadas.

Onde surgiu a Arquitetura Gótica?

A Arquitetura Gótica surgiu na Europa. Estima-se que as primeiras obras com as principais características desse estilo são as que estão localizadas na França, no entanto, essa tendência é tão forte que é possível encontrar projetos com essa estética datados da Idade Média em todo o continente europeu.

Quais as principais características da Arquitetura Gótica?

Um dos grandes fatores que caracterizam as obras góticas, além de serem parte da arquitetura religiosa, é o período em que elas foram feitas, pois, para serem originalmente desse estilo, precisam estar dentro do momento histórico dos séculos 10 ao 15.

Entretanto, você não consegue definir a idade de uma construção apenas de olhar, correto? Por isso, é importante conhecer quais as particularidades na construção dessas catedrais para identificar os projetos desse período, bem como suas influências em obras atuais.

Sendo assim, entenda quais as principais características da Arquitetura Gótica!

1. Abóbadas ogivais

As abóbadas são estruturas arquitetônicas com o formato de meio arco que possuem o objetivo de dar maior sustentação a passagens, colunas e paredes. Esse elemento já era utilizado em outros estilos de construção com o topo em meia lua, no entanto, no período gótico o modelo criado foi o ogival.

As abóbadas ogivais possuem a parte superior com uma ponta, elevando ainda mais a altura da passagem que ela forma. Dessa maneira, ela se torna a ideal para projetos tão verticais quanto os feitos na época da Arquitetura Gótica. Esse elemento é um dos mais característicos e marcantes dentro desse movimento arquitetônico.

2. Arcobotante

Os arcobotantes são estruturas externas às construções góticas e que possuem um formato de meio arco. Eles eram posicionados em ambos lados das catedrais para aumentar a sustentação dos edifícios, afinal, elas eram muito altas e com os materiais da época não era possível que uma obra desse tamanho ficasse de pé sem algum tipo de apoio – uma preocupação que você já não tem com as técnicas atuais, certo?

3. Vitrais

Os vitrais foram elementos muito marcante da Arquitetura Gótica, pois eram aplicados em janelas, rosáceas e nas torres que compunham essas construções para melhorar a iluminação natural do ambiente – uma preocupação que deve se manter até em projetos contemporâneos.

Além de servir como fonte de iluminação destes prédios, esses itens eram usados como decoração e também como uma forma de trazer mais componentes que remetessem ao sagrado. Nos vitrais, eram usadas diferentes cores e formavam-se desenhos sobre histórias bíblicas, imagens de santos ou representações de Deus. Em todas as catedrais, mosteiros e basílicas desse estilo é possível observar repetidamente esse elemento.

4. Verticalidade nas construções

Como falamos antes, a verticalidade nas obras góticas é um ponto muito marcante. Enquanto as capelas anteriormente eram feitas pensando em servir de proteção para os povos, com paredes grossas e normalmente com apenas um andar, esse estilo fez o oposto. Como seu objetivo era exaltar o divino, as obras eram feitas cada vez mais em direção ao céu.

Por causa do desenvolvimento das abóbadas ogivais e dos arcobotantes, as estruturas não precisaram mais ter paredes grossas para se sustentarem. Dessa forma, foi possível construir diversos andares, camadas e torres para compor os projetos do período, sem que essa escolha comprometesse a firmeza das construções.

5. Grande número de detalhes

Outra das principais características da Arquitetura Gótica é o exagero nos elementos de cada ambiente. Além de abóbadas e vitrais, eram usados muitos adornos nas paredes com temáticas religiosas ou meramente decorativas como os florais. Eram colocadas também muitas esculturas e obras dentro desses espaços.

O exterior das construções góticas era tão adornado quanto o interior, contando com decorações em portas, paredes externas, gárgulas nas torres e floreios nas escadarias ou arcobotantes.

Conheça importantes obras no estilo gótico

Existem inúmeras obras e construções góticas espalhadas por toda a Europa. Elas se tornaram grandes pontos turísticos que atraem os viajantes por seu visual único e muito exuberante. Selecionamos as principais catedrais góticas para ajudar você a entender melhor esse estilo arquitetônico!

Catedral de Chartes

Imagem frontal da Catedral de Chartres
Catedral de Chartes construída sobre os alicerces de uma antiga igreja, em 1145

Localizada em Chartres, noroeste da França, essa catedral também foi construída sobre os alicerces de uma antiga igreja, em 1145. A edificação de 34m de altura e 130m de comprimento não sofreu tantos danos durante a Revolução Francesa, mas teve sua cobertura atingida por um incêndio em 1194.

A Catedral de Chartresfoi uma das primeiras a utilizar elementos arcobotantes para sustentar as paredes e abóbadas. Mesmo após passar por diversos processos de restauração ao longo do século 19, conseguiu preservar vários de seus aspectos originais.

Em 1979 foi designada como Patrimônio Mundial da UNESCO, e hoje apresenta características de destaque, que incluem:

  • alpendres adornados;
  • três fachadas com enormes rosáceas;
  • numerosas esculturas em madeira ou pedra, variam entre miniaturas e grandes estátuas;
  • famoso conjunto com 176 vitrais;
  • labirinto composto por mármore preto e branco;
  • elementos que fazem alusão ao Antigo e Novo Testamento.

Catedral de Amiens

Catedral de Amiens vista de frente
Catedral de Amiens é considerada a maior estrutura gótica do país e conhecida como “Partenon da arquitetura francesa”

Localizada em Amiens, cidade do norte da França, esta catedral é considerada a maior estrutura gótica do país e conhecida como “Partenon da arquitetura francesa”. A primeira versão foi erguida em 1152, mas sofreu danos devido a um incêndio ocorrido em 1218.

O processo de reconstrução só teve início em 1220 com o trabalho do arquiteto Robert de Luzarches, quando a catedral ganhou parte dos elementos que traz hoje.

A edificação tem incríveis proporções que conferem maior verticalidade e elegância em relação a outros exemplares da época: 42,3m de altura, 145m de comprimento e 70m de largura. Diferentemente da catedral de Chartres, suas fachadas são bastante decoradas com detalhes que incluem as famosas gárgulas e rosáceas.

No século 19, a construção recebeu diversos trabalhos de restauração sob o comando do arquiteto Eugène Viollet-le-Duc, que acrescentou elementos que nunca existiram na Idade Média. Catedral de Amiens foi tombada como Patrimônio Mundial da UNESCO em 1981, a catedral traz características interessantes, como:

  • belos vitrais, incluindo as rosáceas;
  • coro com grades em estilo rococó (1768) e rodeado por vários altares;
  • portais com esculturas que representam os santos católicos;
  • grandes alpendres que ocupam toda a fachada oeste;
  • interior com estátuas policromadas.

Catedral de Colônia

É um dos monumentos mais visitados no interior da Alemanha e também conhecido como Kolner Dom ou Igreja dos Santos Pedro e Maria. Seu processo construtivo teve início em 1248, mas as obras continuaram até 1560.

Em 1790, as tropas da Revolução Francesa transformaram seu interior em estábulo e celeiro de feno. Em 1820, um defensor do movimento neogótico (Sulpiz Boisserée) deu início ao trabalho de restauração que, após pausas e retomadas, foi finalizado em 1880 — com a contribuição dos arquitetos Ernst Friedrich Zwirner e Richard Voigtel.

A catedral, que foi considerada Patrimônio Mundial da UNESCO em 1996, tem 43m de altura, 145m de comprimento e 86m de largura. Veja alguns de seus principais elementos:

  • torres gêmeas com 157m de altura;
  • pinturas preciosas e afrescos;
  • arte dos séculos 13 e 14;
  • vitrais do século 19 com histórias do Velho Testamento;
  • coro com 104 bancos de carvalho esculpido;
  • maior sarcófago da Europa, coberto com prata folheada e pedras preciosas;
  • câmara do tesouro contendo manuscritos, relicários e instrumentos litúrgicos.

Catedral de Santa Maria del Fiore

Vista de cima da Catedral de Santa Maria del Fiore com um pedaço da cidade aparecendo ao fundo
Catedral de Santa Maria del Fiore também conhecida como Duomo de Florença

Também conhecida como Duomo de Florença, essa catedral gótica exigiu trabalho de diversos artistas importantes. A tarefa de supervisionar a obra foi designada primeiro ao arquiteto Arnolfo di Cambio, em 1296. Em 1331, a missão foi passada para Giotto di Bondone, depois Filippo Brunelleschi e, mais tarde, para outros profissionais.

Em 25 de março de 1436, a igreja — que continua sendo uma das maiores da Itália — finalmente foi consagrada. Ela tem cerca de 153m de comprimento, 38m de largura e 114m de altura. Além da enorme estrutura de arcos e colunas, é possível encontrar os seguintes elementos:

  • vitrais representando santos do Novo e Velho Testamento;
  • mosaico com mármores coloridos na fachada;
  • portas de bronze com cenas em relevo;
  • afrescos de Giorgio Vasari e Federico Zuccari;
  • monumentos a Dante e bustos de Giotto, Brunelleschi e outras figuras importantes.

Dante Alighieri escreveu que tinha o costume de sentar em uma pedra próxima da catedral para pensar. Inclusive, há um lugar em Florença chamado pelos cidadãos de “pedra de Dante”, pois o local representa a área onde o poeta permanecia enquanto assistia ao início da construção do grande Duomo.

Catedral de Notre-Dame

Catedral de Notre Dame rodeada de turistas.
Igreja de Notre Dame em Paris, é a mais famosa das catedrais góticas da Idade Média

A catedral gótica mais visitada do mundo está localizada na Île de la Cité, em Paris. Sua ideia surgiu da proposta feita pelo rei Luís 17 e pelo bispo Maurice de Sully. Construída sobre as ruínas de duas outras pequenas igrejas existentes no local, entre os anos de 1163 e 1345, a catedral ostentava 130m de comprimento, 48m de largura e 35m de altura.

Sua arquitetura também apresenta certa dualidade nas influências. Existe uma forte influência românica e compacta, ao mesmo tempo em que inova na construção vertical, criando uma estrutura com suporte exterior — espécie de apoio de sustentação visto do lado de fora da Catedral, ornando com a borda do Rio Sena de Paris.

O momento de sua construção serviu também para marcar a dominação da França como centro cultural, econômico e religioso da Europa. Uma época em que até a sede do Papa foi transferida para o país — marcando a fase do papado de Avignon.

No início de sua construção, a água fluía diretamente dos telhados até a via pública, numa projeção oferecida pelas cornijas. Ainda não havia calhas ou gárgulas, estas foram erguidas em 1220, sobre algumas partes da catedral, formando uma espécie de canal.

Ao longo dos anos, os arquitetos do século 13 foram percebendo as vantagens de dividir o fluxo de água, aumentando, assim, os números de gárgulas, que passaram a assumir também a forma de animais fantásticos. Tal manobra evitou as longas inclinações nas calhas e reduziu cada uma das quedas d’água a um fluxo mais fino. Dessa forma, as construções nas partes inferiores não tinham sua integridade afetada pelo depósito de água.

As gárgulas passaram a simbolizar uma Notre-Dame da arquitetura fantástica e sua existência deu origem a histórias criadas pelo imaginário de seus frequentadores. Alguns diziam que as gárgulas afastavam os maus espíritos, ideia que trazia ainda mais turistas para o monumento. Tanto que as gárgulas foram se multiplicando e ganhando temas cada vez mais decorativos na fachada da catedral.

A escola de escultura de Paris, na Idade Média, mantinha uma superioridade reconhecida, principalmente em relação aos estudos de estátuas, uma vez que a cidade possibilitava o acesso à matéria-prima ideal assim como também aos melhores pontos para construção, atraindo, dessa forma, artesãos experientes que faziam passar seus conhecimentos.

A catedral ainda passou a contar com 56 quimeras, estátuas que foram acrescentadas em sua fachada durante as reformas de 1847 e 1864. Estas mantinham a função meramente decorativa, embora fossem confundidas com as gárgulas. Algumas de suas características são:

  • estátuas;
  • esculturas de mármore;
  • coleção de sinos;
  • vitrais em forma de rosáceas;
  • artefatos da igreja católica: vestimentas, cálices sagrados e livros.
Gárgula vista lateralmente e vista superior de prédios.
A gárgulas são um dos grandes símbolos de Notre Dame

Os seres de aspecto grotesco e mágico serviam apenas para dar mais ênfase à ambientação fantástica que fora enaltecida no livro de Victor Hugo, Notre-Dame de Paris, traduzido para sua versão cinematográfica como o Corcunda de Notre-Dame.

Foi, inclusive, por considerar que sua manutenção carecia de mais estímulos que o escritor francês escreveu a peça de mesmo nome, inspirado também numa inscrição nas paredes da catedral, enquanto fazia uma visita. Situação essa que relata nas primeiras páginas de sua obra, onde rende um verdadeiro culto à arquitetura e à beleza das fachadas e construções, comparando as obras arquitetônicas aos grandes livros.

Em uma passagem esse autor escreve: “A Arquitetura tem sido o grande gênero humano. E isso é tão verdadeiro que não somente todo símbolo religioso, mas ainda todo pensamento humano tem sua página neste livro imenso e seu monumento”.

Idealizada com vitrais e longos corredores abertos — característicos da arquitetura gótica —, a Catedral acolhe uma acústica única, ideal para missas, mas também para concertos. Nela está localizado o segundo maior órgão da França, construído em 1733 e restaurado diversas vezes. Com quase 8 mil tubos e transmissão digital para os cinco teclados, suas apresentações causavam arrepios e faziam parte das atrações mais buscadas de Paris.

Notre-Dame em chamas

No dia 15 de abril de 2019, a Cidade Luz assistiu a um de seus símbolos serem consumidos por um fogo que, até então, ainda não tinha explicação. As gárgulas que recebiam a incumbência de afastar o mal e proteger sua catedral, não tiveram tempo de escapar do fogo que levava consigo parte da história da França: a autocoroação de Napoleão, o templo do Culto da Razão estabelecido durante a Revolução Francesa — quando a catedral foi confiscada da igreja católica — e no início do século 20, a beatificação de Joana D´Arc.

A flecha, ponto mais alto da Notre-Dame, inaugurada em agosto de 1859, desmoronou no início daquela noite de primavera. Incrédulos, parisienses e turistas viam cair a estrutura de 96 metros, com 250 toneladas de chumbo e quase 500 toneladas de madeira, idealizada pelo arquiteto Eugène Viollet-le-Duc.

No dia seguinte ao incêndio, mais de um bilhão de reais já haviam sido levantados para a reconstrução da obra. A estrutura interna, felizmente, pouco se abalou. Os vitrais resistiram, assim como, corajosamente, o órgão também sofreu pouco com o desastre. Embora o teto tenha ficado muito comprometido, de alguma forma, as palavras de Victor Hugo ainda faziam eco naquela obra, patrimônio da humanidade.

Isso significa que, apesar dos danos, o monumento sobreviverá e será restaurado. Passará novamente por uma reconstrução, mantendo imortalizada a sua beleza gótica e seu cenário para muitas outras histórias.

Catedral de Notre Dame pegando fogo
Incêndio atinge a arquitetura gótica de Notredame (Foto: Francois Guillot/AFP)

A Arquitetura Gótica influenciou construções fora da Europa?

Sim, a Arquitetura Gótica influenciou e ainda influencia diversas construções feitas após seu período. Seja por seu visual único ou pela riqueza de novos elementos que esse estilo trouxe para o ramo arquitetônico, não dá para negar que muitos monumentos usaram esse movimento como base.

Fora da Europa, o neogótico foi o movimento revivalista que trouxe de volta os elementos góticos aplicados nas construções originais da Idade Média. Ele ressurgiu no século 18 e foi muito forte nas Américas, principalmente, no Brasil e nos Estados Unidos.

Em terras brasileiras podemos citar como exemplo a Catedral Metropolitana de São Paulo (conhecida como Catedral da Sé) e a Catedral de Petrópolis. Já as construções americanas de destaque são Woolworth Building, localizada em Nova York, e parte da Universidade de Yale, construída nos moldes góticos, mas com referências um pouco mais modernas.

Como se inspirar no estilo da Arquitetura Gótica em projetos modernos?

Entre os vários estilos que podem ser usados para um projeto, é possível utilizar o estilo gótico como uma das bases para aplicar em sua obra. É claro que para utilizar essa referência não será necessário seguir à risca tudo o que era feito nas obras originais, no entanto, alguns elementos podem fazer toda a diferença para trazer essa estética para o ambiente.

1. Invista em revestimentos que representam pedras naturais

Para trazer um aspecto mais próximo ao visual da Arquitetura Gótica, é importante aderir a revestimentos que interpretam pedras naturais, material que era muito utilizado nas obras originais do estilo. O porcelanato é a melhor opção para dar acabamento a qualquer espaço de sua casa ou escritório, e ainda preservar a estética que deseja.

Na Portobello existem linhas completas de pedras em porcelanato para garantir beleza e durabilidade para qualquer projeto. Esse material pode ser aplicado em ambientes secos, como quartos e salas, quanto em ambientes molhados, como banheiros e áreas externas. Dessa maneira, independente de onde você deseja adotar o estilo influenciado pelo movimento arquitetônico gótico.

Cozinha de conceito aberto com bancada central e revestida por porcelanatos que reproduzem mármore
As pedras em porcelanato reproduzem fielmente o visual desses materiais (Projeto: Portobello S.A.)

2. Aposte no pé-direito alto

Como já mencionamos, o estilo gótico foi um novo modelo de construções com alturas impressionantes e paredes mais leves. Por conta disso, ele se tornou um marco e permitiu que as edificações fossem aproveitadas de outras maneiras. Por isso, utilizar o pé-direito alto é uma opção que aproxima o ambiente desse modelo adotado há séculos.

Essa escolha para seu projeto trará mais elegância e imponência, assim como eram as construções originais. Para unir essa dica com a anterior, você pode optar por aplicar Lastras Portobello, revestimentos em porcelanato com grandes proporções e que podem cobrir maiores espaços.

Sala com conceito amplo, bancadas laterais e janela de vidro que vai do chão ao teto
As Lastras são as melhores opções para ambientes com pé-direito alto e combinam com todos os ambientes (Projeto: Portobello S.A.)

3. Adote a arquitetura gótica suave

Esse termo é muito popular nas redes sociais e representa parte do que o movimento propunha e mistura os estilos dark e vintage.

Um ambiente com inspirações góticas, nesse caso, apresenta paredes com tons mais fechados e escuros, tendendo para o cinza-chumbo, preto, azul-marinho e verde-musgo. A decoração é nada óbvia e conta com elementos clássicos e rebuscados, combinados a objetos divertidos e coloridos, geralmente garimpados em brechós e antiquários.

É interessante apostar em livros antigos, luminárias com estruturas inusitadas, pinturas misteriosas, esculturas, caveiras e flores, além de poltronas e sofás com grandes esqueletos. Para quebrar o clima dark, podem ser inseridos quadros divertidos, artigos decorativos coloridos e plantas.

Cozinha externa com escada lateral na esquerda e bancada central
Elementos escuros fazem toda a diferença para um ambiente com o estilo gótico suave (Projeto: Portobello S.A.)

4. Traga mais detalhes para a composição

O estilo também pode ter um visual mais clássico, isto é, requintado e trabalhado. A melhor dica para elaborar projetos com ar gótico chique é se inspirar no interior das catedrais e igrejas da época. Essa estética é composta por elementos com muitos detalhestexturas e desenhos graciosos, que ao mesmo tempo são discretos e combinam com um cômodo claro e calmo.

Para os projetos atuais, os vitrais – muito característico desse gênero – podem ser opções pouco modernas e, talvez, cansativas. Mas o formato triangular das janelas, as misturas de cores e os desenhos ainda podem e devem servir de inspiração.

Todas essas características podem ser aliadas a mobiliários imponentes em estilo clássico e sólido, em conjunto com artigos metálicos (dourados, de preferência), obras de arte, revestimentos nobres e colunas.

Os arcos e a riqueza de detalhes trazem à tona a inspiração gótica de um projeto (Projeto: Portobello S.A.)

5. Valorize móveis e objetos com o Minimal Gothic

Diferentemente das inspirações suave e clássica, o Minimal Gothic mostra que os elementos podem ser o centro das atenções nos ambientes que remetem à Arquitetura Gótica.

As paredes coloridas ou cheias de detalhes perdem espaço para tonalidades sólidas e cores como o branco, o gelo e o bege. Como a atenção estará toda nos móveis e objetos decorativos, o ideal é optar por tons fortes e escolher sofás, poltronas, quadros e artigos que têm destaque.

A simplicidade do ambiente estará em contraste com os elementos metalizados, botânicos, clássicos e com aparência industrial, por exemplo. É interessante apostar em texturas e tecidos, como o veludo e o couro, para um visual dramático e elegante. Sem contar que objetos de ferro, de vidro e de pedra também podem se tornar componentes incríveis do espaço.

Ambiente que integra sala de jantar, cozinha e sala de estar num conceito amplo com sofá grande, mesa de jantar e bancada americana.
Escolhendo os materiais certos para os móveis você conseguirá o drama que o estilo neogótico requer (Projeto: Portobello S.A.)

Esperamos que esse conteúdo tenha te ajudado a entender a Arquitetura Gótica, suas características e como aplicar elementos desse estilo em seus projetos. No Archtrends Portobello você ainda pode encontrar mais inspirações e informações sobre outros movimentos importantes para o setor arquitetônico. Viaje pela história da Arquitetura e aplique os seus elementos favoritos na sua casa!

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Arquitetura Gótica: conheça suas características e influências na decoração

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