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Uma mistura de referências: 7 características da arquitetura brasileira
Uma mistura de referências

Uma mistura de referências: 7 características da arquitetura brasileira

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03.12.2018
Do Oiapoque ao Chuí, nosso povo apresenta variedades incríveis na língua, gastronomia, música, arte e costumes. A arquitetura brasileira também tem uma diversidade impressionante, que revela os resultados da nossa miscigenação e das transformações sociais realizadas ao longo do tempo.
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Quando o arquiteto pensa em diversos lugares do mundo, automaticamente associa esses nomes a algumas construções típicas. Alemanha, Suíça, Marrocos, Itália, Tailândia, China e Japão são exemplos de países onde o visitante normalmente observa um padrão característico. Porém, quando se trata da arquitetura brasileira, essa uniformidade simplesmente não existe.

Talvez alguns se sintam tentados a pensar que essa falta de um conjunto padrão de características revela uma identidade cultural fraca. Na verdade, o que acontece é justamente o contrário. O Brasil tem uma história tão rica e diversificada, construída a partir da contribuição marcante de etnias distintas, que não poderíamos esperar nada que não fosse a expressão dessas influências na nossa língua, artes, música, culinária e, também, na arquitetura.

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Portanto, se você está disposto a abrir a mente para conhecer e assimilar essas referências, chegou ao artigo certo. Vamos falar um pouquinho sobre todas as experiências incríveis que um amante da arquitetura pode ter se explorar os diferentes cantinhos do país. Ficou curioso para se inspirar com toda essa riqueza? Continue a leitura!

Miscigenação: um traço do povo e da arquitetura brasileira

Esculturas sobre um lago

Não é novidade que o Brasil foi formado a partir da miscigenação. Contudo, mais do que pensar apenas em brancos, índios e negros, é preciso lembrar que esses três grupos principais eram, na verdade, uma reunião de muitos outros povos. Cada um tinha sua própria história, cultura e técnicas, incluindo as de construção.

Por isso, mesmo que no momento pós-descobrimento o branco português tenha se tornado o proprietário das terras e o comandante das construções, a arquitetura brasileira desse período não simplesmente reproduz a portuguesa. A prova disso é que, enquanto no país de origem eram comuns as casas minhotas, serranas, de xisto e palheiros, as edificações no Brasil são diferentes.

Um exemplo foi o surgimento do pau a pique, um tipo de construção chamado também de taipa de mão, de sopapo ou de sebe. Embora não haja um consenso sobre ela, especialistas afirmam que a técnica surgiu da confluência entre conhecimentos de portugueses, indígenas e africanos — justamente os povos que formaram a base do país.

No entanto, mesmo esse pensamento ainda é muito limitado. Quando falamos na influência do “branco europeu”, na verdade estamos nos referindo a uma série de povos: portugueses, franceses e holandeses (Rio de Janeiro e Nordeste), alemães (Sul e Espírito Santo), italianos (Centro-Sul) e depois os árabes e japoneses, entre tantos imigrantes. Isso sem contar o fato de que os grupos que tratamos de forma homogênea como indígenas e africanos também eram formados por etnias muito distintas.

O reflexo de toda essa miscigenação não poderia deixar de se manifestar na nossa arquitetura. Como se isso não bastasse, esse caldeirão cultural foi influenciado ainda pelas tendências que surgiram ao longo de quinhentos anos de transformações históricas e revolução tecnológica. O resultado é uma variedade imensa de construções surpreendentes. Que tal conhecer um pouco mais sobre elas?

Arquitetura brasileira: sete características interessantes

Casas históricas em centro cultural turístico

No outro tópico, explicamos que as nossas construções não têm uma uniformidade estética que faça com que elas sejam distinguidas como algo típico do nosso país. Portanto, as sete características da arquitetura brasileira listadas a seguir refletem justamente essa diversidade.

1. Influências de todo canto do mundo

Como o Brasil recebeu diferentes povos, naturalmente sua arquitetura também foi alvo de todas essas influências. Portanto, da mesma forma que temos reflexos disso na língua, gastronomia e música, as edificações também sofreram impactos.

2. Forte influência religiosa

Especialmente durante o período colonial, a Igreja Católica teve muito peso na arquitetura brasileira. O próprio modelo das cidades mais antigas tem origem em uma construção típica dessa organização religiosa — a redução jesuíta. Essa estrutura começou a ser criada aqui durante a tentativa portuguesa de impor o trabalho forçado aos índios.

A redução funcionava da seguinte maneira: havia uma construção principal, que era a residência dos padres, e uma capela. À sua frente, ficava uma grande área aberta onde os índios eram convocados para as reuniões. A praça era o centro da vida social e religiosa dessa população. Em volta dessas duas estruturas, os indígenas viviam em tendas.

E MAIS: Arquitetura religiosa: como contribuir em projetos para diferentes crenças?

Se você observar, várias cidades brasileiras se desenvolveram a partir desse modelo. Existe uma igreja matriz ou principal, com uma praça à frente. Por muito tempo, ela concentrou grande parte da vida social das comunidades. Finalmente, em volta dela se desenvolvem os estabelecimentos comerciais e são erguidas as casas para a população.

Outra prova da influência da igreja católica é o design brasileiro das igrejas protestantes e evangélicas. Diferentemente da Europa e dos Estados Unidos, aqui elas não costumam ter torres e sinos. Isso se deve ao fato de que, durante grande parte do período colonial, foi proibida a construção de qualquer outro templo que não fosse da instituição romana em nosso território.

Quando os ingleses (anglicanos) chegaram com D. João VI ao Brasil, ainda príncipe regente, em 1808, eles foram autorizados a realizar cultos. Porém, os prédios deveriam ser discretos, sem essas características distintivas.

3. Mistura do clássico com o contemporâneo

Em muitas cidades brasileiras, o clássico convive com o contemporâneo sem nenhum conflito. Esse é o caso do centro de São Paulo, onde o visitante vê construções centenárias ao lado de prédios recentes. O Pateo do Collegio, por exemplo, foi fundado em 1554. Embora tenha sido reinaugurado em 1979, o projeto foi baseado na arquitetura típica do século XVII.

Por outro lado, temos na mesma região edifícios com uma arquitetura muito mais moderna e até contemporânea. Essa mistura pode ser observada nos seguintes locais:

  • estilo art déco: Banco de São Paulo, 1938;
  • arquitetura moderna estilizada: Edifício Triângulo, 1955, projetado por Oscar Niemeyer e com um painel de Di Cavalcanti;
  • arquitetura eclética: Palacete Tereza Toledo Lara, 1910;
  • estilo art nouveau: Edifício Guinle, 1916;
  • arquitetura eclética: Edifício Sampaio Moreira, 1924;
  • arquitetura eclética: Edifício Martinelli, 1929, o maior da América Latina quando foi construído;
  • estilo neocolonial: Faculdade de Direito do Largo São Francisco, 1930.

Toda essa diversidade está em uma pequena área do centro antigo de São Paulo, mas poderíamos dar muitos outros exemplos nessa mesma cidade ou por todo o país.

4. Forte influência do Barroco e Rococó

Durante o período colonial, muitos edifícios foram construídos de acordo com estilos que eram comuns na Europa. Por isso, vários desses prédios apresentam características barrocas ou neoclássicas.

O Neoclássico é visto com frequência em palácios, prédios e outras construções oficiais e urbanas. No entanto, no interior do Brasil, o Barroco e o Rococó tiveram uma grande influência.

O Barroco também é bastante identificado na arquitetura religiosa (sacra) do Brasil, em especial na segunda metade do século XVI. As igrejas católicas construídas têm características nitidamente relacionadas a esse estilo, sendo que ele criou espaço para o surgimento de grandes artistas nacionais. Um dos principais é o renomado mestre Aleijadinho.

A primeira região do Brasil a ser influenciada pelo barroco foi o Nordeste. Porém, especialistas afirmam que, até cerca de 1650, as fachadas e frontões eram as principais edificações que refletiam esse estilo. Já no século XVIII, essa situação mudou. Com a prosperidade conquistada com a exploração o ouro em Minas Gerais, as famílias começaram a investir no desenvolvimento da arquitetura para ostentar sua riqueza.

Embora as paredes das construções fossem feitas com uma técnica bem brasileira e bastante simples — taipa ou adobe — elas eram ornamentadas com uma riqueza de detalhes impressionante. Madeira, pedra-sabão e ouro foram usados para a confecção de estátuas e outros elementos decorativos.

Além disso, a pintura usava cores fortes e os telhados eram compostos por muitas águas, que são vários planos inclinados para escoamento da chuva. Isso significa que essas coberturas não têm o formato triangular tradicional, mas as telhas são dispostas em níveis e ângulos diferentes, tornando essa parte das contruções cheias de detalhes.

É por isso que essa região do país tem diversas construções nos estilos barroco e uma de suas variações, o rococó. O acervo preserva até hoje inúmeras edificações, especialmente igrejas, em cidades como Ouro Preto, São João del-Rei, Mariana, Diamantina e Santa Bárbara.

SAIBA MAIS: Cidades históricas brasileiras: riqueza em detalhes e inspiração

5. Traços diferentes em cada região do país

A arquitetura de cada área apresenta traços relacionados à sua história de colonização e povoamento. Além disso, ela é influenciada por características geográficas que interferem nos hábitos e no estilo de vida das pessoas.

Em Minas Gerais, que foi o centro econômico do país no período da mineração, existem sinais claros desse momento histórico na arquitetura local. A Igreja Católica exercia um grande poder naquele tempo, e por isso é natural que seus templos se destaquem entre as construções mais importantes. Da mesma forma, cada região tem seus traços distintivos.

Alguns exemplos são as palafitas da região amazônica. Essas construções (em geral de madeira), elevadas a alguns metros do solo, evitam a inundação pelos rios na época das cheias. A arquitetura europeia, muito comum no Sul do Brasil, é uma consequência da colonização alemã. Trata-se da diversidade histórica refletida em estilos diferentes nas edificações.

6. Permanência da natureza em meio à selva de pedra

Atualmente, 84% da população brasileira vive em cidades. Nove concentrações urbanas têm mais de 2,5 milhões de habitantes em cada uma. Apenas a região metropolitana de São Paulo tem 19 milhões de habitantes, seguida pela do Rio de Janeiro, com 11 milhões. Diante desse cenário, pode-se imaginar que essas localidades se transformaram em imensas selvas de pedra.

Porém, mesmo essas cidades densamente povoadas ainda abrem espaço para a permanência da natureza. Ela é vista não só em grandes parques, mas em muitos bairros e ruas. Em São Paulo, por exemplo, existem mais de 194 milhões de metros quadrados em áreas verdes. Esse número corresponde a 16m² por habitante, o que ultrapassa o mínimo recomendado pela ONU.

7. Renovação constante nas preferências do público

Apesar da convivência com esse passado, a arquitetura brasileira não se prende a ele. O público continua aberto a tendências e tecnologias e aceita a incorporação de novos edifícios à paisagem urbana. Assim, ela se renova constantemente e dá espaço para cidades cada vez mais diversificadas e surpreendentes.

Profissionais de destaque: quatro nomes da arquitetura brasileira

Na nossa arquitetura, vários profissionais se destacaram ao longo desses séculos de história. Vamos mencionar alguns deles e falar dos principais projetos arquitetônicos brasileiros que realizaram. Acompanhe a seguir:

Oscar Niemeyer

Trata-se do nome que obteve maior destaque na arquitetura brasileira. Oscar Niemeyer era um apaixonado pelas curvas. Segundo ele, elas retratavam as montanhas, o curso sinuoso dos rios, as nuvens do céu e as ondas do mar de seu país, além do corpo da mulher preferida. Por isso, seu trabalho consegue ser, ao mesmo tempo, simples e surpreendente.

Projetou as curvas do Complexo da Pampulha (MG), o Edifício Copan (SP), a Casa das Canoas (RJ) e vários prédios de Brasília, como o Palácio do Planalto, a famosíssima Catedral, o Congresso Nacional, o Palácio da Alvorada, a Praça dos Três Poderes e o Supremo Tribunal de Justiça.

Fez parte de uma comissão de dez arquitetos que projetou a sede do órgão supranacional mais importante do mundo, a Organização das Nações Unidas (ONU). Deixou um legado imenso para a arquitetura brasileira.

Lina Bo Bardi

Se ainda hoje as mulheres enfrentam grandes desafios para se destacar no mercado, a luta era ainda maior no tempo da arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi. Em uma sociedade assumidamente machista, ela conseguiu se destacar e deixar um legado memorável para os fãs da arquitetura moderna. Suas obras não foram muitas — menos de dez. No entanto, elas são reconhecidas como ícones de um tempo.

Com certeza, a obra mais famosa de Lina Bo Bardi é um símbolo da arquitetura brasileira, admirada aqui e no mundo. Trata-se do MASP, Museu de Arte de São Paulo, encravado no coração da Avenida Paulista. Ele se destaca por suas formas e pelo vão livre, responsável por uma vista urbana encantadora.

Severiano Mário Porto

Apesar de ser mineiro, se destacou por desenvolver obras de grande porte para a Amazônia. Ele deu visibilidade internacional à arquitetura do Norte valorizando a cultura regional em seus projetos. Para fazer isso, buscava inspiração na moradia dos caboclos e usava os materiais disponíveis no local, de forma racional e eficiente. Aproveitava a ventilação e a iluminação natural para combinar estética e funcionalidade.

Severiano foi um dos pioneiros das construções sustentáveis. Criou o Centro de Proteção Ambiental de Balbina, a Igrejinha do Cavaco e o Restaurante Chapéu de Palha, que recebeu um prêmio do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB).

Roberto Burle Marx

Reconhecido como um verdadeiro mestre do paisagismo, o premiado arquiteto Roberto Burle Marx tinha a capacidade de integrar áreas verdes e urbanas de forma inovadora. Entre suas muitas obras, estão o Parque Ecológico do Recife, o projeto do Eixo Monumental de Brasília, jardins da Cidade Universitária da Universidade do Brasil (RJ), do Museu de Arte Moderna (RJ), do Aterro do Flamengo, a Embaixada do Brasil em Washington, entre outros.

Projetos regionais: exemplos de arquitetura brasileira

Não poderíamos concluir este artigo sem mostrar alguns exemplos da arquitetura brasileira. Devido à diversidade, seria impossível abordar todos os tipos de construções presentes no país, mas selecionamos um projeto de cada região. Tentamos apresentar opções além dos destinos mais conhecidos. Então, confira as nossas sugestões.

Nordeste

No Nordeste, decidimos destacar o patrimônio histórico de Alcântara, no estado do Maranhão. No centro da cidade, o visitante encontra a arquitetura típica do período colonial, preservada em muitos dos casarios. Então, prepare-se para ver construções em estilo português com os azulejos típicos, que eram trazidos da Europa para decorar as casas dos ricos barões e comerciantes que exploravam a agricultura da região.

Ainda na cidade, o visitante encontra obras incríveis como o Palácio Negro, que era o antigo mercado de escravos. Também é possível ver palacetes de barões, como os de Mearim, São Bento, Grajaú e Pindaré. Na mesma rua, está a casa do imperador.

Na Praça da Matriz, está o cartão-postal de Alcântara. Trata-se da Igreja de São Matias, que foi construída no século XVII, mas nunca foi finalizada. Na praça à frente fica um pelourinho, usado no período colonial para açoitar os escravos desobedientes. Esse castigo público era um “exemplo” para inibir rebeliões. No mesmo local, o visitante encontra o Museu Histórico de Alcântara.

Norte

Teatro do Amazonas e todo o seu charme em tons de rosa

Teatro Amazonas e o famoso Mercado Ver-o-Peso, em Belém do Pará, são dois símbolos da arquitetura da região Nortedo país. No entanto, neste artigo vamos destacar uma construção completamente diferente, criada por Severiano Mário Porto no Amazonas.

O arquiteto, conhecido como o “poeta da arquitetura amazonense”, conseguiu usar os recursos disponíveis na região e executar obras de alta qualidade com a adequação de técnicas modernas. Foi assim que ele construiu o Centro de Proteção Ambiental de Balbina.

A cobertura em madeira, os pilares e os conjuntos de treliças do CPAB atraíram visitantes de todos os lugares. A obra magnífica fez de Severiano um ícone nessa área e deu visibilidade internacional para a arquitetura da cidade. O projeto fica em Presidente Figueiredo e foi erguido em 1984 como compensação ambiental devido à construção da hidrelétrica.

Severiano Mário Porto partiu do princípio de que “primeiro se cobre a edificação, para depois construí-la”. Para isso, ele cria panos de cobertura que protegem a área do sol da região e, então, desenvolve o restante do projeto. No Centro de Proteção Ambiental, o resultado é surpreendente. Aliás, vale a pena conhecer também a Igrejinha do Cavaco, em Rio Preto da Eva.

Sudeste

MASP – Museu de Arte de São Paulo

Já falamos sobre a diversidade de estilos presente no centro de São Paulo. Por isso, neste tópico decidimos destacar uma obra de outro estado do Sudeste — o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Inaugurada em 2015, essa construção futurista proporciona uma experiência extraordinária aos seus visitantes.

Museu do Amanhã – Rio de Janeiro

Apesar de ser assinado por um espanhol, o arquiteto Santiago Calatrava, o museu foi idealizado de acordo com os traços históricos e culturais da capital carioca, além de aspectos nativos da flora e da fauna do país. O edifício tem mais de 15 mil metros quadrados de área construída. Em seus dois andares, além da área de exposições, há ambientes educativos, auditório, café e restaurante, bilheteria e loja.

Os perfis metálicos que formam a cobertura têm um formato parecido com o casco de um navio invertido. Essas estruturas são móveis e mudam de posição de acordo com a incidência de luz solar. O objetivo é fazer com que o ambiente seja iluminado naturalmente e alimente a usina fotovoltaica que gera parte da energia utilizada pelo edifício.

O museu foi projetado de acordo com critérios de sustentabilidade ambiental, social e econômica. Sempre que possível, foram utilizados materiais de baixa toxidade e alta durabilidade, para evitar desperdício. Além disso, muitos itens foram reciclados.​

Centro-Oeste

No Centro-Oeste, Brasília se destaca e foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade. No entanto, é possível conhecer outros projetos interessantes na região. Um exemplo é o Palácio Conde dos Arcos, localizado na Cidade de Goiás, construído em estilo barroco. Embora ela tenha sido a residência oficial dos governadores do estado até 1937, hoje o visitante encontra nessa edificação um museu, inaugurado em 1961.

Nesse museu, há uma exposição permanente sobre a história dos governadores de Goiás. Seu acervo conta com pertences dos ex-governadores, o que inclui peças dos séculos XVIII, XIX e XX, como pratarias, moedas do tempo do Império, móveis, objetos decorativos e armas, entre outros objetos.

Existe ainda um fato interessante sobre o Palácio Conde dos Arcos: todo ano, durante as comemorações de aniversário da Cidade de Goiás, ele volta a ser sede do governo do Estado. Nesse período, a cidade também é considerada novamente a capital do estado, mesmo que por apenas alguns dias.

Sul

Em Curitiba, os apaixonados por arquitetura podem encontrar o Museu Oscar Niemeyer. Ele também é conhecido como o Museu do Olho, devido ao seu formato original. São 35 mil metros quadrados de construção, sendo que 17 mil deles são destinados à área expositiva. Ele foi inaugurado em 1978 mas com outra finalidade — foi a sede de secretarias do Estado do Paraná.

O prédio é um ícone do estilo modernista. Formado por três andares, sua estrutura de concreto protendido foi construída a partir de linhas retas. Abriga a bilheteria, loja, café e 12 salas expositivas, além de um salão de eventos. Em seu subsolo, há uma exposição permanente sobre Oscar Niemeyer. Lá, o visitante vê fotos, projetos e maquetes de obras criadas pelo arquiteto.

Selecionar apenas alguns projetos da arquitetura brasileira chega a ser um desafio injusto. São séculos de história, criatividade e inovação que não podem ser resumidos em poucos exemplos. Mesmo que qualquer profissional da área goste de viajar para diversos lugares do mundo para ampliar seu repertório, o fato é que temos aqui mesmo referências ricas e surpreendentes, capazes de inspirar inovações.

Esperamos que tenha gostado do artigo e que ele tenha despertado sua vontade de conhecer ainda mais a arquitetura brasileira. Que tal compartilhá-lo em suas redes sociais, contagiar seus amigos com esse desejo e começarem a planejar a próxima viagem? Eles vão gostar!

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